Economia

Senador capixaba diz que crise vivida por Temer não deve interferir na Reforma Trabalhista

Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que é relator da reforma, destacou que a situação do presidente é insustentável, mas que mesmo assim o Brasil não deve parar

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Ferraço é relator da reforma Foto: Agência Senado

Após o relatório da reforma trabalhista ser aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) disse que alguns pontos têm sido discutidos e que podem ser vetados. Dois deles, o parlamentar citou como exemplo, que são a diminuição do horário de almoço de 1 hora para 30 minutos e o trabalho de gestantes em locais insalubres. 

“A proposta, que veio da Câmara, presumia a redução da intrajornada, que é a hora do almoço da pessoa de 1 hora para 30 minutos. Eu estou mantendo 1 hora e tenho convicção que a mudança vai ser vetada. Outro ponto é a mulher gestante em local insalubre, que eu também acredito que será vetado”, destacou durante uma entrevista, na manhã desta quarta-feira (7), ao programa Fala Manhã da TV Vitória/Record TV.

Além disso, o relator destacou que a crise vivida pelo presidente Michel Temer não deve ser impedimento e nem afetar os trabalhos no País. “A crise vivida pelo presidente Michel Temer é uma crise devastadora. Eu, inclusive, acho que a situação dele é insustentável, mas a crise do presidente ele resolve. O que nós não podemos permitir é que o Brasil pare. O Brasil não pode parar. Nós precisamos continuar trabalhando, precisamos continuar fazendo aquilo que é necessário, inclusive para combater o desemprego que hoje desorganiza as famílias capixabas, as brasileiras”, disse.

Ainda segundo o senador capixaba, a legislação trabalhista é antiga e, por isso, precisa passar por mudanças. “O fato objetivo é que a nossa legislação trabalhista é dos anos 1940, ela não dialoga mais com a realidade. O aperfeiçoamento feito mantém todos os direitos e abre alternativas, inclusive considerando as relações do trabalho e dos dias atuais. Esta é uma reforma que foi feita há décadas, em países que tem prosperado e tem feito com que as pessoas possam prosperar com seu esforço e com seu trabalho”.

O relatório foi aprovado por 14 votos a favor e 11 votos contrários. O placar foi exatamente como o previsto pelos governistas que esperavam vitória por 14 a 11. Agora, serão votados os destaques ao projeto. “Considerando a aprovação ontem na comissão de assuntos econômicos, agora vamos votar na comissão de assuntos sociais, comissão da justiça e eu imagino que até o dia 25 de junho nós teremos condição de votar essa matéria no plenário do senado”, destacou.