Economia

Servidor envolvido em corrupção será afastado das funções, diz Novacki

Servidor envolvido em corrupção será afastado das funções, diz Novacki Servidor envolvido em corrupção será afastado das funções, diz Novacki Servidor envolvido em corrupção será afastado das funções, diz Novacki Servidor envolvido em corrupção será afastado das funções, diz Novacki

Ribeirão Preto – O ministro interino e secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, afirmou nesta terça-feira, 16, ao Broadcast Agro (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), que servidores envolvidos nas operações da Polícia Federal (PF), em Tocantins e em Santa Catarina, deflagradas nesta terça-feira, serão afastados imediatamente das funções e alvo de uma auditoria que poderá terminar com a exoneração dos cargos públicos.

Além da apuração da PF, as ações, segundo ele, ocorrem a partir de denúncias feitas em investigações internas dentro da Pasta e de apurações recorrentes após a Operação Carne Fraca, deflagrada em março.

“Durante Operação Carne Fraca dissemos que outras deveriam surgir e as irregularidades apuradas no Ministério são compartilhadas com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal”, afirmou. “Servidores envolvidos serão afastados imediatamente das funções e alvo de auditoria. O Ministério tem total interesse em expurgar do seu quadro servidores envolvidos em corrupção e em separar joio do trigo; a grande maioria dos servidores cumpre seu papel com muita competência”, disse o ministro interino.

Segundo Novacki, a ação em Santa Catarina apurou o envolvimento de fiscais federais agropecuários que fariam “vista grossa” para importação de camarões da Argentina, com o apoio do Ministério da Agricultura. “Em Tocantins o problema é a fraude econômica, com fiscais que permitiram limite de água em frango acima do tolerado”, disse.

Novacki, que está no cargo por conta da viagem do ministro Blairo Maggi a países do Oriente Médio, afirmou que o Ministério acompanha e dá todo suporte à PF nas operações.

Maggi foi informado pelo próprio Novacki das operações logo pela manhã e continuará acompanhando as apurações mesmo no exterior. Novacki está em deslocamento vindo de Dourados (MS), onde participou na segunda-feira de um evento do agronegócio. O ministro interino se dirige a Brasília (DF), onde terá uma reunião prevista para esta terça à tarde com o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. Eles devem discutir possíveis novas ações da corporação junto ao Ministério da Agricultura.

Em nota, a Polícia Federal informou que, na Operação Lucas, cerca de 120 policiais federais cumprem 62 mandados judiciais, sendo 10 prisões temporárias, 16 mandados de condução coercitiva e 36 mandados de busca e apreensão nos Estados de Tocantins, Pará, São Paulo e Pernambuco, além do bloqueio de contas bancárias e indisponibilidade de bens móveis e imóveis nos valores de R$ 2,2 milhões. A investigação começou após denúncia de que frigoríficos e empresas de laticínios fiscalizadas teriam sido favorecidas em processos administrativos, por meio do retardamento na tramitação e anulação de multas.

Já a Operação Fugu visa ao desmantelamento de grupo com atuação na Superintendência do Ministério da Agricultura em Santa Catarina. As investigações apuraram diversas evidências relacionadas à proteção ilícita de empresas do ramo alimentício, bem como de perseguição a servidores com atuação na área de fiscalização mediante instauração de procedimentos disciplinares e remoções infundadas.