Economia

Servidores do BC querem mais detalhes do governo sobre contraproposta, dizem sindicatos

Servidores do BC querem mais detalhes do governo sobre contraproposta, dizem sindicatos Servidores do BC querem mais detalhes do governo sobre contraproposta, dizem sindicatos Servidores do BC querem mais detalhes do governo sobre contraproposta, dizem sindicatos Servidores do BC querem mais detalhes do governo sobre contraproposta, dizem sindicatos

Após receberem a contraproposta do governo sobre reajuste salarial e recomposição de carreira, servidores do Banco Central querem mais detalhes sobre a oferta do Ministério da Gestão e Inovação (MGI) por considerarem que há pontos ainda sem respostas claras e que são considerados essenciais pela categoria para conter a “grave crise” na instituição. Até lá, segundo os sindicatos dos funcionários, seguirão em operação-padrão. A decisão por aprofundar os pontos do texto foi tomada durante assembleia na sexta-feira, 22.

“A contraproposta apresentada pelo MGI não endereça os pontos mais caros aos servidores, como o nível superior para técnicos e a retribuição por produtividade, cria outras assimetrias em relação a carreiras congêneres do Poder Executivo – em especial pelo alongamento da carreira -, e impacta a capacidade do BC de atrair mão de obra especializada, por meio da redução do salário inicial”, mencionaram a Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil (ANBCB), o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) e o Sindicato dos Técnicos do Banco Central (SintBacen) em nota conjunta.

As entidades ressaltaram que há pontos da contraproposta que demandam um maior esclarecimento por parte do MGI, como o possível reenquadramento dos níveis de carreira. “Desta forma, o corpo funcional considerou oportuno solicitar esclarecimentos adicionais e avaliar melhor o cenário atual e discutir detalhadamente os impactos das condições oferecidas.”

A contraproposta apresentada na Mesa de Negociação Específica, de acordo com os sindicatos, estabelece a mudança do nome do cargo de Analista do Banco Central para Auditor do Banco Central, apontada como uma “luta histórica dos servidores”. Também oferece 10,9% de correção salarial a partir de janeiro de 2025 e de 10,9% a partir de maio de 2026, no último nível da carreira de Especialista (que inclui os cargos de Analista e de Técnico do BC). Apesar de considerarem “uma recomposição salarial importante”, os servidores enfatizaram que grande parte do corpo funcional não está no final da carreira e que, portanto, haveria um reajuste médio menor já que a mudança da tabela gera um escalonamento ao longo dos vinte níveis propostos pelo MGI.

Na avaliação do corpo funcional, ainda que tenha havido a contraproposta de uma recomposição salarial, considerada parcial, o Ministério não endereça a maioria dos pontos pleiteados pelos servidores. Entre eles estão a assimetria em relação a outras carreiras do Poder Executivo, a não-contemplação de parcela importante da reestruturação da carreira de Especialista do BC, como o nível superior como requisito para ingresso no cargo de técnico e a remuneração por produtividade para os servidores do BC. “Tais condições fazem com que a grave crise que o BC enfrenta siga gerando desafios para a gestão e para o cumprimento da missão da instituição.”