Economia

TCU aprova processo para renovação de outorgas de hidrelétricas da Copel

TCU aprova processo para renovação de outorgas de hidrelétricas da Copel TCU aprova processo para renovação de outorgas de hidrelétricas da Copel TCU aprova processo para renovação de outorgas de hidrelétricas da Copel TCU aprova processo para renovação de outorgas de hidrelétricas da Copel

Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovaram nesta quarta-feira, 2, o processo da renovação das concessões de geração hídrica de três usinas da Copel. Com isso, o processo de privatização da estatal paranaense poderá ser concluído nos próximos dias.

Na sessão desta quarta, o TCU considerou que foram atendidos os requisitos previstos na instrução normativa (INTCU) 81/2018, e que não haveria impedimento para o prosseguimento das concessões das usinas Governador Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia), Governador Ney Braga (Segredo) e Governador José Richa (Salto Caxias), que juntas respondem por aproximadamente 60% da capacidade de geração de energia da empresa.

Em seu voto, o relator, ministro Antonio Anastasia, disse que acatou uma recomendação do ministro Vital do Rêgo, para recomendar que o Ministério de Minas e Energia (MME) avalie a conveniência e a oportunidade de estabelecer em futuras concessões, parâmetros para que parte do bônus de outorgas arrecadado pela União seja destinado à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

O valor estabelecido pelo governo para a renovação das concessões era de R$ 3,719 bilhões, e a Copel espera utilizar parte do dinheiro da privatização para pagar pelas outorgas.

Com essa sinalização, a tendência é que a oferta de ações por meio da qual o governo do Paraná reduzirá sua participação, aconteça na próxima terça-feira, 8. E, ao final do procedimento passarão a ser válidas as mudanças no estatuto da companhia que a transformam numa empresa de capital disperso (corporation), na qual nenhum acionista poderá exercer direito a voto correspondente a mais de 10% de participação.

Oposição

Durante a sessão houve sustentação oral do advogado Edson Abdala, que representou a Frente Parlamentar de deputados da oposição ao governo Ratinho Jr., e que são contrários à privatização.

Ele sinalizou o interesse dos parlamentares de participar como terceiros interessados no processo, e pediu que seja avaliado um questionamento do grupo em relação a uma suposta diferença de R$ 5,9 bilhões nos cálculos.

Na terça, o ministro Anastasia já havia indeferido a participação da Frente Parlamentar no processo.