Economia

Toffoli avisa que divergirá de Lewandowski em julgamento sobre autonomia do BC

Toffoli avisa que divergirá de Lewandowski em julgamento sobre autonomia do BC Toffoli avisa que divergirá de Lewandowski em julgamento sobre autonomia do BC Toffoli avisa que divergirá de Lewandowski em julgamento sobre autonomia do BC Toffoli avisa que divergirá de Lewandowski em julgamento sobre autonomia do BC

Com placar empatado, o julgamento sobre a lei que conferiu maior autonomia ao Banco Central foi retomado no período da tarde desta quinta-feira, 26, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Até o momento, votaram apenas os ministros Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso, os mesmos integrantes da Corte que haviam se manifestado sobre o processo quando começou a ser analisado no plenário virtual. Agora, quem vota é o ministro Dias Toffoli, que já avisou que irá divergir de Lewandowski.

Relator, Lewandowski foi a favor de derrubar a lei, sancionada em fevereiro, porque, para ele, houve um erro formal no processo legislativo, uma vez que as normas foram originadas de um projeto de lei de origem do Senado, e não de uma proposta enviada pelo Executivo. Na interpretação do ministro, apenas o presidente da República pode sugerir uma lei que altere a estrutura do Banco Central.

Já na visão de Barroso, a lei que conferiu autonomia à autoridade monetária não necessariamente precisaria ser de iniciativa do Executivo. O ministro considerou que matérias que devem ser propostas exclusivamente pelo presidente são exceções e que tal previsão deve ser observada de maneira privativa, não como regra.

Em evento online promovido pela XP Investimentos, o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, fez um forte aceno aos investidores do mercado e afirmou que a autonomia da autoridade monetária é um “reclamo” muito justo do segmento e que, na sua avaliação, deve ser atendido. “O Banco Central tem que ter visão transnacional e atuar com total independência”, afirmou o ministro.