Economia

Vitória tem segunda maior queda no valor da cesta básica entre as capitais

Ainda assim preço da cesta básica na capital capixaba é o quinto mais caro do país e custa R$ 735,31, segundo levantamento do Dieese

Vitória tem segunda maior queda no valor da cesta básica entre as capitais Vitória tem segunda maior queda no valor da cesta básica entre as capitais Vitória tem segunda maior queda no valor da cesta básica entre as capitais Vitória tem segunda maior queda no valor da cesta básica entre as capitais
Enquanto o tomate teve alta na maior parte das cidades pesquisadas, a batata teve queda. Crédito: Divulgação
Enquanto o tomate teve alta na maior parte das cidades pesquisadas, a batata teve queda. Crédito: Divulgação

Vitória registrou a segunda maior queda de preços na cesta básica no primeiro mês deste ano. Os produtos, na capital capixaba, tiveram queda de 1,62%. Mesmo assim, o conjunto de itens básicos tem o quinto maior preço do país. Em Vitória, a cesta básica custa R$ 735,31.

O levantamento, que acontece desde 2005, é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A capital com maior queda nos preços da cesta básica foi Porto Alegre, onde os produtos ficaram 1,67% mais baratos. As outras duas capitais com queda de preços foram Campo Grande (0,79%) bem como Florianópolis (0,09%).

O levantamento de preços de itens de consumo básicos nas capitais do país identificou aumento da cesta básica em janeiro deste ano em 13 das 17 cidades pesquisadas.

A maior alta foi em Salvador (6,22%), seguida por Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%).

A cesta básica mais cara foi cotada em São Paulo, onde os alimentos custam R$ 851,82, ou seja, 60% do salário mínimo oficial (R$ 1.518).

Salário Mínimo

Em janeiro, segundo o levantamento do Dieese, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.156,15.

Um estudo de dezembro, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), indica que a renda média do trabalhador brasileiro foi de R$ 3.279,00 em outubro de 2024. Este é o dado mais atual disponível.

Valores

A comparação, segundo o Dieese, é possível “com base na cesta mais cara, que, em janeiro, foi a de São Paulo, e leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”.

Em janeiro de 2024, deveria ser de R$ 6.723,41 ou 4,76 vezes o valor vigente. A inflação dos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 4,8%, valor próximo ao aumento.

Veja quanto custa a cesta básica em cada capital:

Capital:Valor:
São PauloR$ 851,82
FlorianópolisR$ 808,75
Rio de JaneiroR$ 802,88
Porto AlegreR$ 770,63
CuritibaR$ 743,69
VitóriaR$ 735,31
Belo HorizonteR$ 717,51
Campo GrandeR$ 764,24
GoiâniaR$ 756,92
BrasíliaR$ 756,03
FortalezaR$ 700,44
BelémR$ 697,81
NatalR$ 634,11
SalvadorR$ 620,23
João PessoaR$ 618,64
RecifeR$ 598,72
AracajuR$ 571,43

Alta de preços

A análise do Dieese liga o aumento da cesta básica ao comportamento de três itens principais: o café em pó subiu em todas as cidades nos últimos 12 meses; o tomate, que aumentou em cinco cidades, mas diminuiu em outras 12 nesse período, mas teve aumento acima de 40% em Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, por conta das chuvas; e ainda o pão francês, que aumentou em 16 cidades pesquisadas nos últimos 12 meses. Nesse sentido, com “menor oferta de trigo nacional e necessidade maior de importação, nesse cenário de câmbio desvalorizado” o preço aumentou.

O reajuste poderia ter sido maior, porém, a batata diminuiu em todas as capitais no último ano, o leite integral, que, apesar do reajuste durante o ano, teve queda em 12 cidades em dezembro, o arroz agulhinha bem como o feijão preto, que caem de preço nos últimos meses por conta de aumento na oferta.