Paebes

Alunos da rede pública do ES têm melhor desempenho desde 2019

O desempenho é referente aos alunos do 9° ano do Ensino Fundamental; Ensino Médio apresentou melhor dado desde 2022

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Alunos da rede pública do ES têm melhor desempenho desde 2019 Alunos da rede pública do ES têm melhor desempenho desde 2019 Alunos da rede pública do ES têm melhor desempenho desde 2019 Alunos da rede pública do ES têm melhor desempenho desde 2019
Foto: Freepik.
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Os alunos que se encaminham para o ensino médio das escolas públicas do Espírito Santo registraram o melhor desempenho, entre as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, desde 2019. Os dados são resultados do Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (Paebes).

O programa é, na verdade, uma prova para realizada pelos alunos para diagnosticar o nível de aprendizado dos jovens e identificar habilidades a serem melhoradas.

Em relação aos vestibulandos, ou seja, aqueles que estão no último ano do ensino médio, o resultado foi o melhor desde 2022.

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Os estudantes do 9° ano atingiram um aumento de 6% de estudantes que apresentam aprendizagem adequada em Língua Portuguesa e crescimento de 4% em matemática.

Foi registrado um aumento de 10 pontos na proficiência em Língua Portuguesa e 9 pontos em Matemática.

Já em relação ao 3º ano do ensino médio, houve um aumento de 11 pontos na proficiência média em Língua Portuguesa e de 8 pontos em Matemática.

Assim, alcançou-se 284 pontos cada, o maior número desde 2022. Em 2022, foi registrado 276 para Língua Portuguesa e 274 para Matemática.

Outro dado relevante é o percentual de escolas estaduais que registraram crescimento na proficiência. Houve um aumento de 71% em Língua Portuguesa e 70% em Matemática.

Houve ainda aumento de 6% no número de estudantes com aprendizagem adequada para a etapa em Língua Portuguesa.

Além disso, ocorreu um crescimento de 5% em Matemática, apontando progresso significativo na qualidade do ensino capixaba.

Maior desafio é a matemática

Mesmo com resultados positivos, a Matemática é a disciplina que mais concentra alunos com conhecimento abaixo do básico, de acordo com a avaliação da Secretaria Estadual de Educação (Sedu).

Em 2024, 49% dos alunos foram classificados com conhecimentos abaixo do básico. Enquanto 27% entendem o básico, 18% são proficientes e 6% são avançados.

Segundo o secretário estadual de Educação, Vitor de Angelo, a partir destas métricas, é possível identificar quais habilidades estão com mais defasagem. Assim, elas podem ser melhor trabalhadas ao longo do ano letivo.

“Nós pegamos as habilidades e olhamos quais eram os descritores com menor percentual de acerto. Se eles são de menor percentual de acerto, significa que é a parte do currículo que está menos consolidada. Então, priorizamos o nosso currículo justamente o conjunto de habilidades e competências que estavam menos consolidadas, por meio do instrumento que criamos chamada de Rotina Pedagógica Escolar”, explicou.

Além disso, segundo o secretário, as escolas com melhor desempenho farão pares com escolhas que ficaram com menor desempenho.

Assim, estrategicamente, as que se destacaram auxiliarão as que estiverem a passos largos para alcançar a melhor nota. A classificação das escolas, no entanto, ainda não foi divulgado.

Proibição dos celulares nas escolas pode aumentar desempenho?

Lei 15.100/2025, sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, proíbe, além dos celulares, o uso de notebooks, tablets. Esta proibição inclui outros itens a partir do ano letivo de 2025.

No Espírito Santo, não serão aplicadas punições aos alunos que utlizarem os celulares, apenas advertências, com foco na conscientização e no diálogo, segundo a Sedu.

A falta do celular, no entanto, não deve ser um fator decisivo para melhorar o desempenho escolar, segundo o secretário.

O importante, segundo ele, são as estratégias de trabalhar melhores habilidades que a Secretaria vem adotando com base nas avaliações diagnósticas.

“Sobre o celular, eu não vejo uma relação direta e, se houver, não vejo que ela seja tão imediata. Porque o trabalho pedagógico envolvendo tecnologia não está proibido, então, nesse sentido, não muda nada. Eu, como professor, não tenho dúvida que o celular atrapalha. Mas a questão é o impacto disso na saúde mental dos estudantes. Esse é o objetivo da lei. Então, se, para resguardar a saúde mental, eu proíbo o celular, mas ao proibir, ele melhora o desempenho escolar, é excelente”, disse.

Carol Poleze, repórter do Folha Vitória
Carol Poleze

Repórter

Jornalista pela Universidade Vila Velha (UVV) e mestranda em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Passou por veículos nacionais como Broadcast/Agência Estado, Estadão e BandNews FM. Atua como repórter do Folha Vitória desde 2023.

Jornalista pela Universidade Vila Velha (UVV) e mestranda em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Passou por veículos nacionais como Broadcast/Agência Estado, Estadão e BandNews FM. Atua como repórter do Folha Vitória desde 2023.