Foto: Reprodução / Primeiro Mundo
Foto: Reprodução / Primeiro Mundo

Aos pés do Morro do Moreno, em Vila Velha, o Centro Educacional Primeiro Mundo está escrevendo um novo capítulo da sua história, combinando inovação, respeito à natureza e compromisso com o desenvolvimento integral das crianças.

A expansão da unidade, que recebe um investimento de R$ 8,5 milhões, amplia não apenas a infraestrutura da escola, mas o horizonte de experiências dos alunos, com novos espaços de aprendizagem e uma área de recreação ao ar livre integrada à paisagem natural da região.

O projeto, que acrescentará mais de 20 novas salas de aula, biblioteca, áreas de convivência e lazer, sala de música e até uma cozinha experimental, reflete uma filosofia educacional que valoriza o equilíbrio entre corpo, mente e meio ambiente. Em meio ao crescimento urbano, o Centro Educacional Primeiro Mundo reafirma um propósito: o de proporcionar uma infância saudável, em sintonia com o mundo natural.

Quando pensamos no projeto da expansão, buscamos espaços que permitissem a formação completa dos nossos alunos, ou seja, que fossem além da sala de aula convencional. Daí a importância também de termos a área de recreação ao ar livre, pois reconhecemos que o contato com a natureza é gratificante e auxilia no desenvolvimento das crianças, explica Marcelo Xavier, diretor geral do Primeiro Mundo e sócio da Inspira Rede de Educadores.

Natureza que cura, ensina e transforma

Para o biólogo e ambientalista Walter Có, o contato com a natureza é mais do que um privilégio — é uma necessidade biológica. Segundo ele, ambientes verdes estimulam o bem-estar físico e mental, com efeitos cientificamente comprovados sobre o corpo humano.

A natureza produz substâncias e moléculas que atuam beneficamente no nosso organismo. Assim como a exposição ao sol é vital para a produção de vitamina D, o contato com o ambiente natural estimula neurotransmissores como dopamina e serotonina, fundamentais para a saúde mental, explica.

O especialista alerta para o que chama de “déficit de natureza”, um fenômeno crescente nas grandes cidades e que afeta, principalmente, as crianças. “Hoje, vemos meninos e meninas de oito anos chegando a consultórios com quadros de ansiedade e depressão. Nosso corpo é biológico — não é feito de tela. A falta de convivência com o ambiente natural pode gerar desequilíbrios emocionais e cognitivos”, afirma.

É nesse contexto que o projeto do Primeiro Mundo ganha ainda mais relevância. A nova área de recreação ao ar livre, posicionada estrategicamente aos pés do Morro do Moreno, oferecerá às crianças oportunidades diárias de contato com o verde, sol e ar puro. “Essa imersão cotidiana é terapêutica. As crianças se beneficiarão de tudo o que a natureza tem a oferecer, e isso é um diferencial que vai muito além do aprendizado. É qualidade de vida”, acrescenta Walter.

Arquitetura a serviço da infância e da preservação

Projeto gráfico de como será uma parte da área de recreação ao ar livre. Foto: Reprodução / Primeiro Mundo

Conciliar expansão e preservação ambiental é um desafio que o arquiteto Wilson Barbosa Neto, responsável pelo projeto e um dos sócios-fundadores do Estúdio Protobox, enfrentou com soluções inteligentes e sustentáveis. Desde o início, o planejamento considerou o respeito absoluto à legislação municipal e à área de proteção ambiental do Morro do Moreno — um patrimônio natural e afetivo dos capixabas.

O edifício foi implantado respeitando os limites do plano diretor e da lei de uso e ocupação do solo. É importante reforçar que a obra não interfere na área de proteção ambiental. O projeto nasceu com o compromisso de preservar a paisagem e integrar-se harmoniosamente ao entorno, afirma o arquiteto.

Arquiteto Wilson Barbosa Neto. Foto: Reprodução / Primeiro Mundo

Na parte posterior do terreno, a escola deixará uma grande área livre voltada ao recreio e às atividades pedagógicas ao ar livre, permitindo que as crianças da Educação Infantil tenham contato direto com a natureza. O projeto também prevê um novo sistema de embarque e desembarque interno, desenhado para reduzir os impactos no trânsito da região e oferecer mais conforto às famílias.

Pensamos em uma área interna de circulação que minimiza congestionamentos e distribui melhor o fluxo de veículos. Além disso, o pavimento semienterrado abrigará um grande número de vagas, garantindo segurança e praticidade para os pais, detalha Wilson.

A estrutura metálica escolhida para a obra também é um diferencial. Fabricada em empresas locais e montada no terreno, ela proporciona mais agilidade, reduz desperdícios e torna o processo mais sustentável. A previsão é que as obras sejam concluídas até o início do próximo ano letivo.

Educação que respeita o tempo e o espaço das crianças

Com mais de 30 anos de história e unidades em Vitória e Vila Velha, o Centro Educacional Primeiro Mundo construiu sua reputação combinando excelência acadêmica e formação humana. A expansão da unidade de Vila Velha reforça a visão de que educar vai além do conteúdo em sala de aula: envolve formar cidadãos conscientes, saudáveis e emocionalmente equilibrados.

Quando a escola proporciona contato com a natureza, ela oferece também um ambiente de aprendizado mais vivo. A natureza ensina, inspira e acolhe. Ela é, ao mesmo tempo, material didático e espaço de cura, resume o biólogo Walter Có.

A iniciativa reflete um investimento não apenas em estrutura, mas em qualidade de vida e futuro. Em um mundo cada vez mais conectado por telas e desconectado do essencial, o Centro Educacional Primeiro Mundo aposta no retorno às origens — um convite para que as crianças cresçam em harmonia com o ambiente e descubram, desde cedo, que o conhecimento floresce melhor quando nasce do encontro entre o ser humano e a natureza.