Começou ontem (03) a 47ª edição da Festa da Polenta, em Venda Nova do Imigrante, na região serrana do Espírito Santo. O evento, que segue até o dia 12 de outubro, será realizado no Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, o tradicional Polentão, um dos cartões-postais do agroturismo capixaba, que receberá investimento de R$ 12 milhões para modernização completa da estrutura.
A expectativa dos organizadores é de um público superior a 45 mil pessoas ao longo dos sete dias de programação. “Nós estamos preparados para receber bem em todos os momentos. Só de assentos, por exemplo, temos sete mil lugares para que o visitante possa almoçar, conversar e degustar nossas iguarias com tranquilidade”, afirmou o presidente da Associação Festa da Polenta, Tarcísio Caliman.
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Festa movimenta hotéis, restaurantes e gera impacto econômico na cidade
De acordo com Tarcísio Caliman, a festa já reflete na economia antes mesmo da abertura oficial e o impacto do evento vai além da área de shows e gastronomia. “Os hotéis estão lotados. Tem pessoas que chegaram desde o início da semana para aproveitar o agroturismo da cidade. Isso movimenta restaurantes, pizzarias, hamburguerias, postos de gasolina e o comércio em geral. A Festa da Polenta não para no Polentão: o reflexo econômico se espalha pela cidade inteira”, destacou.
Este ano, o evento custou cerca de R$ 4,2 milhões aos organizadores, mas a movimentação gerada é muito maior. “A festa tem essa característica: o que acontece aqui dentro, em faturamento, lá fora se multiplica por quatro ou cinco vezes mais. Isso porque os turistas ficam na cidade, consomem em hotéis, restaurantes, lojas e supermercados. É uma circulação de dinheiro que impacta todos os setores ligados ao turismo”, explicou Caliman.
Criada em 1979, a Festa da Polenta é um dos maiores eventos culturais e gastronômicos do Espírito Santo. Este ano, o tema “La Nostra Storia” (Nossa História) busca resgatar memórias das primeiras edições, valorizando a cultura ítalo-brasileira. A programação reúne apresentações de danças típicas italianas, corais locais, gastronomia, o tradicional Tombo da Polenta e, como novidade, a estreia do Memorial da Costura, que contará a história dos 34 anos do concurso da Rainha da Festa.
O público também poderá visitar espaços temáticos como a Casa da Nonna, o Paiol do Nonno e o Armazém da Polenta, além de acompanhar outras expressões culturais que homenageiam a herança italiana.
A gastronomia é outro destaque: serão produzidas 20 toneladas de polenta, distribuídas em cerca de 20 tombos, além de pratos como o tradicional macarrão à bolonhesa. “A cada ano buscamos novidades. Este ano criamos a Vila dos Chopes Artesanais e teremos também um espaço dedicado ao café, onde o visitante acompanha todas as etapas do preparo, da moagem à filtragem. A ideia é que cada edição traga experiências diferentes”, explicou Caliman.
Para Caliman, o segredo do sucesso está na preservação cultural. “Nós conseguimos recuperar um repertório de mais de 100 músicas trazidas pelos nossos nonos. O Coral Santa Cecília gravou todas em CD. Isso já não é apenas tradição italiana, é cultura venda-novense e capixaba. É essa identidade que emociona o visitante e faz com que ele volte todos os anos”, disse.
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Colunista
Stefany Sampaio revela o universo do agronegócio capixaba de Norte a Sul, destacando dados, histórias inspiradoras, produtores e os principais acontecimentos do setor.
