Nomeação de Gabriel Galípolo divide opiniões no Congresso, revela levantamento Nomeação de Gabriel Galípolo divide opiniões no Congresso, revela levantamento Nomeação de Gabriel Galípolo divide opiniões no Congresso, revela levantamento Nomeação de Gabriel Galípolo divide opiniões no Congresso, revela levantamento

A indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central pelo presidente Lula (PT) nesta semana repercutiu no Congresso Nacional, e o nome do economista divide opiniões, conforme revela pesquisa parlamentar do Ranking dos Políticos. Ao mesmo tempo, a avaliação da atuação geral do Banco Central também apresenta um cenário de divisão entre os parlamentares.

Avaliação do nome de Gabriel Galípolo

O Banco Central tem sido pressionado politicamente diante do cenário de desvalorização do Real frente ao Dólar ao longo de 2024 e de uma taxa Selic cujo ciclo de queda cessou na última reunião do Comitê de Política Monetária. A pesquisa parlamentar do Ranking dos Políticos mostrou que 52,9% dos deputados federais avaliam a atuação do Banco Central como ótima ou boa, enquanto 21,6% a consideram ruim. Esse panorama representa um conjunto de desafios a serem enfrentados pelo sucessor de Roberto Campos Neto. Nesse sentido, Galípolo pode ser uma figura central na tentativa de pacificar as relações entre o Palácio do Planalto e a autoridade monetária durante o terceiro mandato do presidente Lula. Com formação em Economia pela PUC-SP e passagens relevantes tanto pelo setor público quanto privado, Galípolo já demonstrou habilidade política ao fazer parte da equipe de transição do governo Lula e posteriormente ao atuar como número 2 do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ao longo de 2023. Apesar de sua proximidade com Lula, que o considera um “menino de ouro”, e do apoio que goza entre os servidores do Banco Central, Galípolo enfrenta desconfiança de parte do mercado financeiro. Sua visão econômica, considerada por alguns como pouco ortodoxa, e sua relação próxima com o governo, levantam preocupações sobre uma possível flexibilização da política monetária, especialmente em relação à taxa de juros. Contudo, Galípolo é firme no sentido de que não hesitará em tomar decisões difíceis. Em reuniões do Comitê de Política Monetária, ele já validou a manutenção dos juros em dois dígitos, ganhando pontos com o mercado por sua postura firme contra a inflação. Sua nomeação ainda precisará ser votada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e, posteriormente, pelo Plenário do Senado Federal. A expectativa é que Galípolo seja aprovado com relativa tranquilidade. Ele já foi aprovado pelo Senado no ano passado para o cargo de diretor de Política Monetária, função que exerce atualmente, e importantes lideranças da oposição, apesar de críticas, já sinalizaram que não devem se opor à nomeação, reconhecendo ser esta uma prerrogativa do presidente Lula.