Uma saca de 60 kg de café arábica foi arrematada por R$ 13,1 mil durante o 4° Concurso de Qualidade de Café de Itarana. O grande vencedor foi o produtor Sivanius Kutz, que conquistou 87,35 pontos na avaliação. Na categoria café conilon, o destaque foi o produtor Wilmar Brandemburg, cuja saca de 60 kg alcançou o valor de R$ 5 mil no leilão, com pontuação de 88,1 pontos.
Os resultados foram anunciados no último sábado (20), durante a 9ª Festa do Café de Alto Jatibocas, que reuniu a premiação dos melhores cafés do município e o leilão das amostras vencedoras.
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Melhor saca de café conilon foi vendida por R$ 5 mil em Itarana
Na primeira etapa do concurso, foram inscritas 166 amostras de café, apresentadas por 101 produtores locais. Após a seleção, 10 finalistas de arábica e 10 de conilon chegaram à etapa final, todos premiados em dinheiro e com suas sacas arrematadas no leilão.
Entre os compradores estavam empresas capixabas como a Farmers Coffee (Venda Nova do Imigrante) e o Café Realeza (Santa Maria de Jetibá), além de torrefações do Rio de Janeiro e empresários locais de Itarana.
Essa foi a quarta edição do Concurso de Qualidade do Café de Itarana, que tem como objetivo destacar os melhores cafés da região, valorizar os produtores locais, incentivar boas práticas agrícolas e promover o café especial produzido no município, reconhecido como uma das áreas mais promissoras do Espírito Santo.
Na categoria arábica, o vencedor foi o produtor Sivanius Kutz, que alcançou 87,35 pontos. Sua saca de 60 kg foi arrematada por R$ 13,1 mil. Em segundo lugar, a produtora Luana Lemke obteve 85,95 pontos, com a saca vendida por R$ 8 mil.
Já o terceiro colocado, Edivan Grunewald, conquistou 85,3 pontos, tendo sua saca arrematada por R$ 5,2 mil. No total, dez produtores foram premiados, com valores de leilão que variaram entre R$ 13,1 mil e R$ 3 mil.
Na categoria conilon, o primeiro lugar ficou com Wilmar Brandemburg, que atingiu 88,1 pontos. Sua saca de 60 kg foi arrematada por R$ 5 mil. A segunda colocada foi Carolina Kurth, que recebeu 86,6 pontos, com a saca vendida por R$ 4,1 mil. Em terceiro lugar, a produtora Cintia Grunewald obteve 85,85 pontos, com a saca arrematada por R$ 3 mil. Ao todo, dez produtores foram reconhecidos, com valores que oscilaram entre R$ 5 mil e R$ 2 mil.
O evento foi promovido pela Prefeitura de Itarana, por meio da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, em parceria com o Incaper e a Associação dos Produtores de Alto Jatibocas (APAJ). Segundo a engenheira agrônoma da Prefeitura de Itarana, Dhebora Scardua Dalmonech, o concurso tem papel fundamental na valorização dos produtores e na promoção dos cafés especiais do município.
“A promoção do Concurso de Qualidade de Café de Itarana é muito importante porque valoriza o produtor rural e incentiva a adoção de melhores práticas no cultivo e no pós-colheita. Além disso, fortalece a imagem do município como referência na produção de cafés especiais, amplia as oportunidades de comercialização e contribui para o desenvolvimento econômico e sustentável da região”, destacou Dhebora.
Cafeicultor de Itarana transforma paixão em cafés premiados
O produtor Sivanius Kutz, vencedor da categoria arábica, alcançou 87,35 pontos e celebrou a conquista. Ele conta que produz cafés especiais há cerca de 10 anos, ao lado da esposa, Lautivânia, com o apoio da filha e do genro na época da colheita.
“É difícil explicar a sensação de ganhar em primeiro lugar, a emoção é muito grande. A gente vê o reconhecimento do trabalho de toda a família”, disse. Sivanius revela até certa dificuldade para falar português, já que no dia a dia a língua usada em casa é o pomerano.
Para ele, um dos momentos mais marcantes da festa foi o leilão. “O destaque este ano foi o leilão. Só ouvi elogios, foi muito bom. É emocionante ver empresas disputando a sua saca de café ali na frente de todo mundo. Isso mostra que o nosso trabalho tem valor. Foi muito gratificante”, afirmou. A saca campeã, da variedade Catucaí 785/15, foi adquirida pela empresa Farmers Coffee, de Venda Nova do Imigrante,
Sivanius cultiva cerca de 50 sacas de cafés especiais por ano, em uma propriedade de 10 hectares, dos quais três são dedicados ao café. Além dos concursos regionais, ele também participa de competições nacionais. “Este ano enviei amostras para o Coffee of the Year, no SIC, em Belo Horizonte. É a segunda vez que participo. Em 2019, já havia conquistado o primeiro lugar no concurso promovido pela empresa Yara”, lembrou.
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Colunista
Stefany Sampaio revela o universo do agronegócio capixaba de Norte a Sul, destacando dados, histórias inspiradoras, produtores e os principais acontecimentos do setor.
