Os estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) vão passar a contar com uma tecnologia de ponta para expandir as pesquisas agrícolas. Nesta semana, eles receberam um drone agrícola de alta precisão, em uma iniciativa que reforça a integração entre setor produtivo e academia. O equipamento, modelo EAVision, foi disponibilizado pela empresa capixaba Fotus Agro, do Grupo Litoral, e será utilizado em atividades de ensino, pesquisa e extensão no campus de São Mateus, norte do estado. A chegada do drone amplia o acesso de estudantes e pesquisadores a ferramentas de ponta e fortalece a formação técnica e científica na área agrícola.
A iniciativa é uma cooperação entre academia e mercado, promovendo um intercâmbio de conhecimento que beneficia tanto a formação dos futuros profissionais quanto o desenvolvimento de soluções práticas para a realidade do campo capixaba.
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Drone vai apoiar estudos sobre culturas como café conilon, pimenta, mamão e eucalipto
O professor Edney da Vitória, do campus de São Mateus e coordenador do Laboratório de Mecanização e Defensivos Agrícolas, destaca que o drone será inserido em projetos de iniciação científica e em pesquisas de mestrado e doutorado, especialmente nas áreas ligadas à mecanização agrícola e suas diversas tecnologias.
“O equipamento vai contribuir para a criação de uma base sólida de dados técnicos que podem subsidiar a produção agrícola no Espírito Santo“, afirma o professor.
O drone possui sensores de alta precisão, capacidade de pulverização e dispersão de sólidos, além de tecnologia que permite atuação em áreas de relevo acidentado ou de difícil acesso. Esse é um diferencial importante para o Espírito Santo, onde as propriedades rurais muitas vezes apresentam declives e terrenos irregulares.
Esses recursos tornam o equipamento estratégico para pesquisas voltadas à agricultura estadual, reconhecida pela diversidade de culturas e importância econômica.
Entre as culturas que devem ser contempladas nos estudos estão algumas das mais representativas do estado: café conilon, pimenta-do-reino, mamão, banana, cana-de-açúcar e eucalipto. Todas têm peso fundamental na economia e enfrentam desafios que podem ser mitigados com o uso de tecnologias mais precisas de manejo e aplicação de insumos.
A proposta é que o drone seja avaliado em diferentes condições de campo, possibilitando análises comparativas sobre eficiência operacional, redução de desperdícios e ganhos de produtividade. A expectativa é que os resultados possam ser transformados em recomendações técnicas aplicáveis a pequenos, médios e grandes produtores da região, contribuindo para a modernização do agronegócio capixaba.
Para Rodolfo Stanke, Head da Fotus Agro, a iniciativa representa uma forma de apoiar a universidade e, ao mesmo tempo, aproximar a equipe de engenharia da produção científica desenvolvida no Espírito Santo.
Além disso, Stanke pontua que apoiar a produção científica também significa investir no futuro da agricultura. A empresa acredita que a troca de informações com pesquisadores será essencial para aprimorar suas soluções e, ao mesmo tempo, disponibilizar ao mercado dados validados academicamente.
“Estamos diante de um exemplo concreto de como a cooperação entre universidade e setor produtivo pode gerar benefícios mútuos. De um lado, oferecemos aos estudantes e pesquisadores acesso a tecnologias inovadoras; de outro, recebemos informações qualificadas que podem orientar melhorias contínuas em nossos equipamentos”, afirma Rodolfo Stanke.
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