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Campanha de vacinação contra gripe prorrogada até 09 de junho

Entre os sintomas da gripe estão febre alta, com duração maior do que no resfriado, e mal-estar generalizado, inclusive com dor no corpo

Campanha de vacinação contra gripe prorrogada até 09 de junho Campanha de vacinação contra gripe prorrogada até 09 de junho Campanha de vacinação contra gripe prorrogada até 09 de junho Campanha de vacinação contra gripe prorrogada até 09 de junho
Um quadro de gripe pode complicar doenças cardíacas Foto: ​Reprodução/Secom-ES

Pessoas que compõem o público-alvo da campanha nacional de vacinação contra gripe que ainda não foram imunizadas terão mais duas semanas para receber a dose que protege contra o vírus influenza A, subtipos H1N1 e H3N2, e o vírus influenza B. O Espírito Santo vai prorrogar a campanha até o dia 09 de junho.

A campanha tem como público-alvo crianças de 06 meses a menores de 5 anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes; mulheres com até 45 dias após o parto; portadores de doenças crônicas; população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, o Ministério da Saúde deixa a critério dos estados e municípios a definição da estratégia de vacinação. No Espírito Santo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) definiu a data de encerramento da campanha considerando que dia 04 de junho, quinta-feira, será feriado nacional (Corpus Christi), e dia 05, sexta-feira, será ponto facultativo em diversos municípios capixabas.

“A prorrogação da campanha por mais duas semanas é uma oportunidade para quem ainda não tomou a vacina procurar a unidade de saúde de seu bairro para receber a dose e garantir a proteção. Uma vez que estamos estendendo o período de vacinação, entendemos que é necessário compensar o feriado e ponto facultativo encerrando a campanha na terça-feira da semana seguinte”, explica Danielle Grillo.

Com a prorrogação da campanha de imunização contra gripe, espera-se que o Espírito Santo melhore a cobertura vacinal do público-alvo, que é composto por pessoas mais propensas a desenvolver complicações quando contraem gripe. “A vacina protege a população e reduz em até 45% as internações por pneumonia, além de diminuir em até 75% o número de mortes por complicações da gripe nos públicos de alto risco”, enfatiza a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações.

Cobertura

No Espírito Santo, o público-alvo é composto por 842.608 pessoas, e a expectativa é de que sejam vacinadas pelo menos 80% delas, ou seja, 674.086 pessoas. Até o momento, 468.231 pessoas do grupo prioritário foram imunizadas, o que corresponde 56% do público-alvo da campanha. Esse percentual coloca o Estado em melhor condição que vários estados brasileiros, que estão com uma média de 48% de cobertura vacinal.

Em 22 municípios capixabas, a meta de vacinar acima de 80% da população prioritária já foi alcançada, mas a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações diz que mesmo assim a vacinação nessas localidades será prorrogada.

Gripe e resfriado: entenda as diferenças

Assim como a gripe, o resfriado é causado por vírus. Alguns sintomas entre as duas doenças também são parecidos, como presença de coriza nasal, dor de garganta e mal-estar. Mas as semelhanças param por aí. A gripe, ao contrário do resfriado, pode desencadear complicações graves e até levar à morte.

É por isso que o público-alvo da campanha são pessoas com maior tendência para desenvolver complicações em decorrência da gripe, seja porque possuem o sistema imunológico menos desenvolvido, no caso das crianças, ou porque têm o organismo mais debilitado, como é o caso de idosos, gestantes e portadores de doenças crônicas.

Danielle Grillo salienta que a vacina aplicada na gestante protege também o bebê. Ela explica que o corpo da mãe produz anticorpos e os transfere para a criança pela placenta. Dessa forma, o bebê fica protegido enquanto não recebe a primeira dose da vacina, que é aplicada aos 6 meses de vida, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde.

Entre os sintomas da gripe estão febre alta, com duração maior do que no resfriado, e mal-estar generalizado, inclusive com dor no corpo. A pessoa fica prostrada, pode ter coriza nasal, dor de garganta e perda de apetite. São sintomas que deixam a pessoa de cama. A gripe não leva necessariamente à internação, mas alguns casos podem evoluir para pneumonia e outras complicações que necessitam de cuidado hospitalar.

Um quadro de gripe pode complicar doenças cardíacas e levar pessoas idosas, principalmente, a ter infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (derrame). Daí a importância de todas as pessoas que compõem o público-alvo da campanha ficarem atentas ao período de vacinação para que sejam imunizados.

Saiba mais

Como a vacina age no organismo para protegê-lo contra o vírus da gripe?
A vacina é composta por vírus mortos. Injetando o antígeno na pessoa, estimula-se o sistema imunológico a produzir anticorpos contra a doença. Assim, a pessoa que tem contato com o vírus já tem o anticorpo para combatê-lo e não desenvolve a doença. E quando desenvolve, ela vem de forma mais branda, sem complicações.

Contra quais vírus a vacina ofertada na campanha protege?
A vacina ofertada na campanha é trivalente, composta pelo vírus A, subtipos H1N1 e H3N2, e pelo vírus B, portanto, é contra esses tipos de vírus influenza que a vacina protege. Apesar de esses vírus serem os mais prevalentes, há uma infinidade de outros que causam gripe, por isso é possível que mesmo quem for imunizado desenvolva a doença.

Mesmo depois de vacinada a pessoa pode pegar gripe?
A vacina contra gripe é feita de vírus mortos, portanto, não existe a possibilidade de a pessoa pegar gripe por que tomou a vacina. Mas ela pode sim adoecer se o vírus estiver incubado antes da vacinação (o vírus pode ficar até sete dias no corpo antes de se manifestar). Outra possibilidade é a pessoa ser infectada por um vírus diferente daqueles que compõem a vacina. 

Por que a vacina da gripe deve ser tomada todo ano?
Porque a proteção dura cerca de um ano. E a cada ano a Organização Mundial da Saúde (OMS) verifica quais cepas (subtipos de vírus) estão circulando para que a vacina seja produzida a partir das cepas mais prevalentes.

A vacina contra gripe gera reações adversas?
Gera reações leves, que costumam ser resolvidas nas primeiras 48 horas após a vacinação. As principais reações são febre, dor de cabeça e dor no corpo. A recomendação é usar compressa fria no local da aplicação e tomar analgésico quando necessário. Em caso de complicação, é importante procurar um médico ou solicitar orientação no posto onde a vacina foi aplicada.

A vacina contra gripe possui alguma restrição?
Sim. Quem tem alergia grave a ovo ou desenvolveu alergia grave à dose anterior contra a gripe não deve receber a vacina. Em caso de dúvida, consulte um médico.