Geral

Glória Perez critica demora da Justiça ao julgar acusado de matar estudante capixaba

A escritora e roteirista usou seu perfil no Facebook para expor sua opinião sobre o caso. Há 27 anos, ela perdeu a filha, Daniella Perez, também assassinada

Glória Perez critica demora da Justiça ao julgar acusado de matar estudante capixaba Glória Perez critica demora da Justiça ao julgar acusado de matar estudante capixaba Glória Perez critica demora da Justiça ao julgar acusado de matar estudante capixaba Glória Perez critica demora da Justiça ao julgar acusado de matar estudante capixaba
Foto: Reprodução / Facebook
Gabriela Chermont morreu em 1996, aos 19 anos, após cair de um prédio na orla de Camburi

A demora da Justiça em julgar o acusado pelo assassinato da estudante Gabriela Regattieri Chermont, morta em Vitória há 23 anos, chamou a atenção da escritora e roteirista Glória Perez. Em seu perfil no Facebook, ela postou um texto, no qual critica as leis brasileiras, afirmando que elas permitem que o réu se valha de uma série de manobras para adiar seu julgamento.

A escritora, que teve a filha, a atriz e bailarina Daniella Perez, brutalmente assassinada em 1992, também se solidariza com a família de Gabriela Chermont, que, segundo ela, vive uma “gangorra emocional” com os sucessivos adiamentos do júri. “Quantos estarão vivos quando esse júri acontecer, se é que ele vai chegar a acontecer um dia?”, questiona Glória Perez.

O acusado de matar a estudante capixaba, o empresário Luiz Cláudio Ferreira Sardenberg, que era namorado da vítima na época, iria a júri popular nesta terça-feira (01). No entanto, pela sexta vez, o julgamento foi adiado.

Gabriela Chermont morreu aos 19 anos, no dia 21 de setembro de 1996, após cair de um prédio na orla de Camburi, em Vitória. A hipótese de suicídio foi descartada logo no início das investigações e Luiz Cláudio passou a ser o principal suspeito pelo crime. O caso aconteceu em um flat da família do empresário.

O acusado, que está solto, chegou a ter a prisão decretada e ficou nove meses foragido, em 1997. No entanto, a prisão foi revogada pela Justiça. “Nada foi alegado na época. Simplesmente deram o habeas corpus. Foram entrando com recurso, que era negado, sempre por unanimidade. Chegou até à instância superior”, contou o primo da vítima e cirurgião dentista, Leonardo Regattieri.

Injustiça

Assim como a família de Gabriela Chermont, Glória Perez convive com o sentimento de injustiça, no caso do assassinato da filha dela. Daniella Perez foi morta a punhaladas, no dia 28 de dezembro de 1992, no Rio de Janeiro.

Foto: Reprodução / Twitter
Glória Perez com a filha Daniella. Atriz foi brutalmente assassinada aos 22 anos, no Rio de Janeiro

Os acusados de matarem a atriz, que na época tinha 22 anos, são o ex-ator Guilherme de Pádua e sua então esposa, Paula Thomaz. Na época do crime, Daniella e Guilherme faziam par romântico em uma novela. O corpo da atriz foi encontrado em uma região de floresta na Barra da Tijuca, na capital fluminense.

Guilherme e Paula foram julgados e condenados por homicídio duplamente qualificado, com motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. No entanto, os dois cumpriram apenas seis dos 19 anos a que foram condenados em regime fechado.