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Caso Luísa Lopes: Justiça marca audiência de instrução de motorista

Adriana Felisberto Pereira dirigia embriagada pela Avenida Dante Michelini, em Vitória, quando atropelou e matou a modelo, que atravessava a via fora da faixa

Foto: Vinícius Vasconcelos | Instagram

No dia em que completou 1 ano e um mês da morte da ciclista Luísa Lopes, a Justiça agendou a primeira audiência de instrução e julgamento da motorista Adriana Felisberto Pereira. A sessão foi marcada para o dia 19 de outubro de 2023, às 13 horas, no Fórum de Vitória.

A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (15). No mesmo dia, a juíza Lívia Regina Savergnini Bissoli Lage não aceitou o pedido da defesa para manter o processo em sigilo.

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O momento da audiência é a oportunidade em que juiz ouve a vítima, no caso de tentativa de homicídio, testemunhas da acusação e da defesa. Na ação, o réu é interrogado e, em seguida, a acusação e a defesa apresentam alegações finais. 

Relembre o caso

A morte de Luísa Lopes completou um ano em 15 de abril. A estudante, modelo e passista de escola de samba, que tinha 24 anos, foi atropelada por uma motorista na noite de 15 de abril de 2022, na Avenida Dante Michelini, na altura do bairro Jardim da Penha, em Vitória, ao atravessar fora da faixa de pedestres. 

Foto: Reprodução/TV Vitória

No dia do acidente, a condutora do carro que atingiu Luísa apresentou sinais de embriaguez. Mesmo assim, ela se recusou a fazer o teste do bafômetro. Adriana Felisberto foi detida e levada à delegacia, onde teve a prisão em flagrante decretada por embriaguez ao volante.

Ela passou por uma audiência de custódia e foi liberada após pagar uma fiança no valor de R$ 3 mil. Após o ocorrido, a motorista foi proibida de dirigir, mas não teve a prisão pedida e não sentou no banco dos réus.

Segundo a Polícia Civil, Adriana Felisberto, motorista do veículo que atropelou Luisa, foi indiciada pelo crime de homicídio doloso duplamente qualificado, por perigo comum e impossibilidade de defesa da vítima na modalidade de dolo eventual, evidenciado principalmente pelo estado de embriaguez, velocidade e indiferença da indiciada com os fatos.

O delegado responsável pelo caso, Maurício Gonçalves, representou pela prisão preventiva da indiciada e pela suspensão do seu direito de dirigir.

Conforme consta no Inquérito Policial, a condutora do veículo, de 33 anos, após ingerir remédio de uso controlado e bebida alcoólica, assumiu a direção do veículo e, no momento em que trafegava pela Avenida Dante Michelini, em excesso de velocidade, colidiu contra a bicicleta conduzida pela vítima, que foi projetada contra o veículo, lançada para o alto e, na sequência, projetada contra a via, vindo a óbito.

A investigação coletou depoimentos de testemunhas, documentos e imagens de videomonitoramento, reproduzindo a sequência de fatos da noite. 

Segundo o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), o processo continua em tramitação. Após a manifestação do MPES, a próxima etapa é a audiência de instrução.


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