
O julgamento de Cleilton Santana, acusado de matar a enfermeira Íris Rocha, de 30 anos, grávida de oito meses, começou na manhã desta segunda-feira (1º), no Fórum de Alfredo Chaves, no Sul do Espírito Santo. O réu será julgado por feminicídio, homicídio qualificado e aborto sem consentimento da gestante.
Íris foi encontrada morta em 11 de janeiro de 2024, às margens de uma estrada na localidade de Carolina, em Alfredo Chaves. Segundo a denúncia do Ministério Público, Cleilton teria atraído a vítima para uma área de mata e efetuado quatro disparos de arma de fogo, sendo um no braço, dois na axila e um na cabeça.
A investigação aponta que, após o crime, ele jogou o corpo em um terreno e despejou cal desidratado para acelerar a decomposição e dificultar a localização.
O acusado chegou ao fórum em viatura da Polícia Penal por volta das 7h20. A expectativa da acusação é de que ele seja condenado. As penas somadas podem variar de 20 a 30 anos de prisão, dependendo da decisão dos jurados.
Cleilton foi preso em 18 de janeiro, quando passava com o advogado pelo posto da Polícia Rodoviária Federal na BR-262, em Viana.
Exames de DNA confirmaram que Cleilton era o pai do bebê que Íris esperava, ponto que, segundo a Polícia Civil, motivou o crime, já que o acusado duvidava da paternidade.
Durante as investigações, a Polícia Civil apurou que Cleilton exercia forte controle sobre a vida de Íris, demonstrando comportamento possessivo e agressivo.