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Cafeterias na Espanha cobram pelo tempo que cliente fica na mesa

Em algumas cafeterias, o preço de uma xícara de café pode até dobrar, dependendo de quanto tempo a pessoa ficar sentada

Foto: Pixabay
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O hábito de tomar um cafezinho se tornou uma grande polêmica nas cafeterias da Espanha: foi limitado o tempo que o cliente ocupa na mesa em cidades como Madri e Barcelona.

A nova regra impede que alguém compre uma bebida e permaneça por horas no local sem consumir mais nada além do café. Em alguns locais, o preço de uma xícara de café pode até dobrar, dependendo de quanto tempo a pessoa ficar sentada.

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A notícia ganhou repercussão quando uma espanhola publicou na rede social X a imagem de um aviso fixado na mesa de um café em Barcelona. A tabela de preços determina que o café com leite custa 1,60 euro, cerca de R$ 10,05.

Mas é identificado que o valor sobe para 2,50 euros, equivalendo a R$ 15,71. Já se o cliente permanecer mais de uma hora no restaurante ou cafeteria, o preço chega a 4 euros, o mesmo que R$ 25,14.

Nas redes sociais, a medida dividiu opiniões entre os que apoiam a decisão e os que a criticam, afirmando que o lugar deve ser priorizado por quem quer consumir.

No ano de 2024, o país quebrou o próprio recorde de visitantes ao receber quase 94 milhões de turistas estrangeiros. O primeiro trimestre deste ano superou o número de visitantes do mesmo período anterior em 5,7%, de acordo com o INE (Instituto Nacional de Estatística).

E no Brasil, a moda pega?

O Brasil fica longe da Europa, e no Espírito Santo, de acordo com o presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Espírito Santo (Sindbares/ Abrasel ES), Rodrigo Vervloet, o segredo para que os clientes frequentem estabelecimentos não é tempo, mas ser bem tratado.

Para ele, a moda de cobrar por limite de tempo no Espírito Santo não deve acontecer, o que realmente precisa acontecer é o aperfeiçoamento contínuo dos estabelecimentos.

O Sindbares/Abrasel-ES desenvolve em parceria com instituições como o Sebrae e Senac, ao longo dos anos, diversas ações e orientações voltadas para a qualificação do atendimento nos bares e restaurantes do Espírito Santo, não só para os empresários, mas também para os colaboradores. Acreditamos que a experiência do cliente vai muito além da comida ou da bebida servida: trata-se de acolher bem, com empatia, atenção e profissionalismo.

Ainda de acordo com ele, um cliente bem tratado se sente mais à vontade e permanece mais tempo no estabelecimento.

“Orientamos os empresários e suas equipes a investir em treinamento contínuo, comunicação assertiva e um ambiente que transmita conforto e confiança. Um bom atendimento é a alma do nosso negócio, e é esse cuidado que buscamos incentivar diariamente entre os associados”, disse.

*Com informações do Mundo Record News do R7

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

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