Um estudante de 21 anos foi vítima de uma publicação no aplicativo “Secret”. Na imagem compartilhada entre vários usuários, o estudante teve fotos íntimas publicadas por um usuário anônimo. Segundo o estudante, foi um susto descobrir suas fotos no aplicativo. “Eu estava na sala de aula e amigos me avisaram sobre as minhas fotos. Eu imediatamente baixei o aplicativo e vi as minhas fotos lá. Tinha gente falando bem, falando mal. O aplicativo virou um livro de desabafos”, disse.
O aplicativo foi criado nos Estados Unidos, e chegou ao Brasil em maio. A intenção é que as pessoas possam publicar segredos de forma anônima. Mas o princípio básico do aplicativo fere a Constituição Brasileira. “ O crime é virtual, mas as pessoas são reais. Isso pode gerar dano à honra e à imagem, o que pode acarretar prejuízos e devastar a vida de uma pessoa”, afirma Paula Renato Cerutti, advogado especialista em crimes eletrônicos.
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Por ferir a Constituição, a Justiça Capixaba determinou que o “Secret” seja retirado das lojas virtuais. A medida liminar também obriga as empresas responsáveis pela distribuição do aplicativo a retirá-lo dos celulares de usuários que já instalaram o programa. O prazo para cumprimento é de dez dias a partir da notificação. A decisão vale para todo o Brasil.
Com a garantia do anonimato, o aplicativo passou a ser usado para criar fofocas e intrigas . Muitos usuários se sentiram constrangidos, principalmente porque, sem identificar a autoria das postagens, o aplicativo permite que sejam publicadas mentiras e ofensas.
Segundo Cerutti, a Delegacia de Crimes Eletrônicos passou a receber diversas reclamações, e o aplicativo está no topo delas.
Repórter
Formada pela Faculdades Integradas Hélio Alonso ( FACHA-RJ), com experiência em assessoria de imprensa, mídias sociais e televisão.
