O estudante de Medicina preso suspeito de pegar medicamentos do Hospital de Urgência e Emergência, em Vitória, teve a liberdade concedida pela Justiça. O rapaz de 25 anos foi liberado mediante o pagamento de R$ 5 mil.
Ele negou o crime e disse que solicitou os medicamentos para atender a uma paciente que apresentava sinais de asma grave. Mesmo assim, foi levado para a Delegacia Regional de Vitória, onde foi autuado em flagrante por peculato (crime contra a administração pública).
LEIA TAMBÉM:
> Bebê morreu vítima de massagem cardíaca errada e polícia pede soltura de mãe e padrasto
> Turista portuguesa foi estuprada, agredida e assaltada no Morro do Moreno
Nesta terça-feira (27), durante audiência de custódia, a juíza destacou que a liberdade não oferece risco à ordem econômica, pública, instituição criminal ou aplicação da lei penal.
Com isso, foi arbitrada uma fiança, no valor de R$ 5 mil, além do cumprimento de algumas condições impostas pela magistrada, como:
- Proibição de sair da Grande Vitória sem prévia autorização do Juiz;
- Comparecimento a todos os atos do processo;
- Proibição de frequentar bares, boates e prostíbulos;
- Comparecer em até 5 dias úteis a contar desta data ao juízo;
- Proibição de frequentar o local dos fatos.
Estudante estava com remédios para ansiedade e anestésico
Segundo apurações da reportagem da TV Vitória/Record, entre os medicamentos identificados com o estudante estavam:
- Três unidades de benzodiazepínico – tipo de medicamento que atua no sistema nervoso central, usado como ansiolítico, para tratar ansiedade, assim como sedativo
- Remédio que trata náuseas e vômitos
- Propofol – um anestésico usado em centro cirúrgico
- Dois frascos de cloreto de sódio – usado no soro fisiológico
Hospital afasta universitário das atividades
A direção do Hospital Estadual de Urgência e Emergência, o antigo Hospital São Lucas, informou que, ao identificar a irregularidade, adotou imediatamente todas as medidas cabíveis e reforçou que mantém um rigoroso sistema de controle e dispensação de medicamentos com monitoramento contínuo, o que permitiu a rápida identificação da irregularidade. O aluno foi permanentemente afastado das atividades na unidade.
Já a faculdade particular em que o estudante é aluno disse que “aguarda a formalização dos fatos para adoção das medidas administrativas cabíveis, que podem incluir desde suspensão até o desligamento, caso a infração seja comprovada”.