Polícia

Justiça aceita denúncia contra casal por furto milionário em banco no ES

O órgão pede que seja fixado um valor mínimo de reparação de R$ 10 mil. O acusado enfrenta ação penal na 2ª Vara Criminal do Juízo de Vitória

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Foto: Thiago Soares/Folha Vitória/redes sociais

A Justiça do Estado aceitou a denúncia do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) contra o casal acusado de furtar aproximadamente R$ 1,5 milhão de uma agência bancária do Banco do Brasil na Praia do Canto, em Vitória. Eduardo Barbosa de Oliveira e Paloma Duarte Tolentino estão presos, e foram detidos na fronteira com o Uruguai.

O órgão pede que seja fixado um valor mínimo de R$ 10 mil para reparação dos prejuízos patrimoniais e extrapatrimoniais causados por Eduardo, que era tesoureiro do banco. O acusado enfrenta ação penal na 2ª Vara Criminal do Juízo de Vitória.

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O gerente de banco, de 43 anos, e a namorada, de 29, foram presos em novembro de 2024, em um Jeep Renegade, que vinha do Espírito Santo. O casal tentava cruzar a fronteira com o Uruguai na BR-158, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontrou dentro do carro dezenas de maços de dinheiro em malas e junto ao estepe. Além de R$ 763.438, os agentes também contabilizaram com o casal 70.700 euros (o equivalente a R$ 433 mil) e US$ 41.940 (o equivalente a R$ 242 mil).

Alguns maços ainda estavam lacrados em sacos da Casa da Moeda. O casal viajava com um cachorro e um gato, que foram encaminhados para uma ONG.

Série de erros de gerente corroboraram com a investigação

A investigação teve início após uma outra gerente da agência Estilo, localizada na Avenida Desembargador Santos Neves, entrar em contato com a polícia.

Ela relatou que o suspeito estava incomunicável desde a manhã de sexta-feira (15) e não apareceu para trabalhar na segunda-feira. Isso levantou suspeitas, uma vez que de acordo com a gerente, uma grande quantia em dinheiro parecia ter sido furtada.

O suspeito trabalhava no banco há 12 anos e, além de gerente, era também tesoureiro da instituição. Por ser concursado e ter um cargo de alta confiança, Eduardo nunca levantou nenhum tipo de suspeita.

Depósito feito pela namorada

Eduardo e Paloma fugiram do Espírito Santo em um carro adquirido por ela. Para comprar o veículo, a suspeita foi ao banco onde o bancário trabalhava no dia do furto para efetuar um depósito de R$ 74 mil.

Foi esse o mesmo valor repassado por ele para que Paloma pudesse comprar o carro. Com o fim do expediente bancário, Eduardo foi ao cofre e subtraiu R$ 1,5 milhão.

Em imagens das câmeras de videomonitoramento do banco, Eduardo sai da agência com diversos malotes com o dinheiro furtado.

Veja o vídeo mostrando o casal saindo com o dinheiro do banco:

Para descobrir o modelo em que o casal havia fugido, bastou com que os policiais fossem à concessionária onde Paloma adquiriu o carro. Lá, conseguiram identificar a placa do automóvel.

A partir das informações repassadas pela Polícia Civil, a PRF conseguiu prender o casal em menos de três horas após a denúncia, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, já na divisa com o Uruguai. 

Casal não resistiu à prisão

Segundo o superintendente da PRF/ES, Wemerson Pestana, após o acionamento da Polícia Civil, a PRF começou a monitorar o veículo adquirido pelo casal, que foi encontrado na BR-158, em Santa Maria.

No momento da prisão, Paloma teria confessado que o dinheiro estava no porta-malas do carro. 

“O casal não resistiu à prisão. Os colegas lá de Santa Maria já pediram para abrir o porta-malas. O casal estava sendo ousado, rodou mais de 2 mil quilômetros e com dois animais. Ali já identificamos o dinheiro. Na abordagem, a companheira do funcionário público logo avisou o que tinha acontecido e que estavam indo ao Uruguai. Ele não disse nada”, relatou Pestana.

Por nota, o Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna, após a detecção de irregularidades.

Veja a íntegra da nota:

“O Banco do Brasil informa que a área de segurança identificou o furto, comunicou às autoridades policiais e colaborou nas investigações que levaram à localização e prisão do funcionário”.