Polícia

Mãe denuncia ameaças de morte contra filha em escola de Domingos Martins

A mãe denunciou plano de colegas para matar filha de 15 anos. Polícia Civil investiga o caso com apoio da Sedu

Prints mostram ameaça a aluna de escola de Domingos Martins. Foto: Reprodução de grupo de WhatsApp
Prints mostram ameaça a aluna de escola de Domingos Martins. Foto: Reprodução de grupo de WhatsApp

A mãe de uma estudante de 15 anos denunciou que a filha foi alvo de ameaças de morte feitas por colegas da escola estadual onde estuda, em Domingos Martins, na região Serrana do Espírito Santo.

Ela publicou dois vídeos nas redes sociais, contando que alunos criaram um grupo no WhatsApp para planejar o assassinato da adolescente. A publicação viralizou e o caso ganhou repercussão nesta quarta-feira (30).

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Ameaças de morte em grupo de WhatsApp

De acordo com a mãe, o grupo foi nomeado “só nós” e continha mensagens explícitas sobre a intenção de matar a jovem.

Entre os trechos citados, estão frases como: “Eu levo o facão” e “Vamos até a casa dela para decapitar a cabeça dela, ter certeza de que ela morreu”.

A mãe afirmou que teve acesso às conversas depois que uma colega da filha, integrante do grupo, compartilhou os prints por não se sentir confortável com o conteúdo.

A adolescente procurou a coordenação da escola e, em seguida, a família registrou um boletim de ocorrência na delegacia.

A Polícia Civil informou que a investigação está em andamento e que a mãe representou por medidas cautelares de urgência, já encaminhadas à Justiça. Por envolver menores de idade, o caso segue sob sigilo.

Nas redes sociais, a mãe da adolescente disse se sentir desamparada após procurar as autoridades.

A impressão que tenho é que eu e minha filha estamos sendo menos assistidas do que quem fez isso, afirmou. É a minha filha que vai ter que sair da escola, mudar de turno. (…) Estou muito assustada.

Sedu afirma estar colaborando com as investigações

A Secretaria de Estado da Educação (Sedu) informou, em nota, que repudia qualquer tipo de violência e está colaborando com as investigações.

A secretaria declarou que os alunos envolvidos, assim que identificados, serão responsabilizados conforme o Regimento Comum das Escolas Estaduais. A escola também acionou a Patrulha Escolar e o programa Apoie, que oferece acompanhamento psicossocial para estudantes.

Ainda segundo a Sedu, o caso é considerado um episódio isolado e a unidade de ensino tem histórico de ambiente pacífico. Leia a nota na íntegra:

“A Secretaria de Estado da Educação (Sedu) salienta que repudia qualquer tipo de violência e tem contribuído com a investigação das autoridades policiais. Os alunos participantes do caso, assim que identificados, no âmbito da unidade escolar, serão responsabilizados, conforme o Regimento Comum das Escolas Estaduais.

Para além disso, ainda de acordo com a Sedu, a equipe escolar está em diálogo com a família e já solicitou a presença da Patrulha Escolar.

Quanto aos estudantes da escola, não só os envolvidos no caso em questão, mas todos aqueles que necessitarem, serão acompanhados pela equipe do programa de Ação Psicossocial e Orientação Interativa Escolar (Apoie), composta por uma equipe multidisciplinar.

Vale ressaltar que a comunidade escolar sempre se caracterizou por um ambiente pacífico e este é um incidente isolado, sem precedentes na história da unidade de ensino”.