O médico Celso Luis Ramos Sampaio, acusado de dopar e matar a ex-princesa pomerana Rayane Luiza Berger, de 25 anos, na cidade de Santa Maria de Jetibá, região Serrana do Espírito Santo, será julgado pelo assassinato na próxima semana. O crime aconteceu há 10 anos.
O Tribunal do Júri será realizado às 8h de quinta-feira (25), no Fórum Criminal de Vitória. O corpo de Rayane foi localizado no dia 7 de junho de 2015, dentro de um carro, em um rio nas proximidades do distrito Alto Rio Posmosser,
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O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Vitória, atuará pela condenação réu pelo crime de homicídio qualificado.
O MPES atuará pela condenação réu pelo crime de homicídio qualificado (por motivo fútil, com recurso que dificultou a defesa da vítima e em situação de violência doméstica – feminicídio), diz comunicado do órgão.
Segundo o MPES, o casal tinha um relacionamento conturbado, já havia se separado e reatado e tinha conhecimento de traições. No entanto, uma das traições teria sido o motivo de Celso planejar e executar o crime contra Rayane.
Julgamento foi alterado para Vitória
Após uma decisão do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), o local do julgamento foi alterado e acontecerá em Vitória. A defesa questionou as condições de segurança do acusado e a imparcialidade do júri em Santa Maria de Jetibá, onde o crime teve grande repercussão.
Além disso, o julgamento, inicialmente previsto para o dia 13 de março, teve sua realização adiada após uma decisão liminar obtida pela defesa. A solicitação foi fundamentada pela ausência de mídias que já integram o processo há mais de oito anos.
Relembre o caso
O crime aconteceu no dia 6 de junho de 2015, próximo ao distrito de Alto Rio Possmoser, na zona rural de Santa Maria de Jetibá. Já o corpo da ex-princesa pomerana foi encontrado em um carro no dia 7 de junho de 2015, em Santa Maria de Jetibá.
Na ocasião, o médico teria dopado a companheira com medicamento de uso controlado e proferido golpes com objeto contundente, causando ferimentos na nuca da vítima.
Em seguida, o réu colocou Rayane em um veículo e forjou um acidente automobilístico. No dia seguinte ao crime, ciclistas avistaram o carro em um rio ao lado da estrada e acionaram os bombeiros.
A jovem era conhecida no município por ganhar um concurso de beleza. Após encontrarem o carro, os bombeiros quebraram os vidros do veículo para realizar o resgate, mas a vítima já estava morta. Familiares de Rayane estiveram no local e reconheceram a jovem.
Na época, os parentes de Rayane disseram aos bombeiros que a jovem morava em Vitória com o marido, mas estava na casa da família, que residia em Alto Rio Posmosser.
Foi identificado durante as investigações que o carro estava com todas as portas trancadas, sem marcas de frenagem e sem os airbags acionados, o que levantou a hipótese de que não havia sido um acidente.