
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu a prisão preventiva do deputado estadual Lucas Bove (PL). O parlamentar foi denunciado por violência psicológica, perseguição, ameaça e lesão corporal contra a ex-esposa, a influenciadora e professora de português Cíntia Chagas.
Segundo o órgão, Bove teria descumprido medidas protetivas impostas pela Justiça, que o proibiam de manter contato e se aproximar da vítima. O deputado é acusado de reiterar comportamentos violentos e ameaçadores, mesmo após ter sido advertido e intimado oficialmente.
A denúncia aponta que o parlamentar agrediu fisicamente Cíntia em pelo menos três ocasiões, entre 2022 e 2024, e praticou violência psicológica e perseguição após a separação. Entre as condutas relatadas estão agressões, ameaças de morte e humilhações públicas.
Após o fim do relacionamento, em agosto de 2024, o deputado teria passado a perseguir a ex-esposa, usando inclusive telefones e contatos ligados à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para tentar se comunicar com ela. As medidas protetivas seguem em vigor.
O MPSP também solicitou que a Alesp seja informada para que adote as providências cabíveis em relação ao mandato do parlamentar.
Lucas Bove já havia sido indiciado por ameaça e violência psicológica em setembro deste ano. Agora, com a nova denúncia, o Ministério Público pede à Justiça a prisão preventiva do deputado, por descumprimento das determinações judiciais.
Cíntia Chagas registrou boletim de ocorrência e pediu as medidas protetivas logo após a separação. Desde então, relata que passou a viver sob medo e precisou de acompanhamento médico após os episódios de agressão e ameaças.