Saúde

Mulher sofre parada cardíaca e morre durante lipoaspiração

Clínica responsável pelo procedimento foi interditada e Cremerj abriu sindicância; remédios vencidos foram encontrados no local

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Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, morreu durante lipoaspiração em clínica do Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/Redes sociais
Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, morreu durante lipoaspiração em clínica do Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/Redes sociais

Uma mulher, de 28 anos, sofreu uma parada cardíaca e morreu durante um procedimento de lipoaspiração e de enxerto nos glúteos na última segunda-feira (08), em uma clínica particular do Rio de Janeiro. As responsáveis pela clínica foram detidas e ouvidas pela polícia.

A paciente Marilha Menezes Antunes sofreu complicações durante o procedimento. De acordo com o laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML), ela teve um dos rins perfurado, o que resultou em hemorragia interna.

O Samu foi acionado, mas Marilha não resistiu. O médico responsável disse para a Polícia Militar que a mulher sofreu broncoaspiração seguida por parada cardiorrespiratória. A paciente trabalhava como técnica em segurança do trabalho e deixou um filho de 6 anos.

A família da vítima acusa a clínica Amacor, que atendia a paciente, de negligência. Segundo os familiares, a mulher havia feito todos os exames pré-operatórios necessários e não apresentava comorbidades.

A família relatou que Marilha sofreu complicações duas horas após o início da operação. A irmã teria visto uma enfermeira pedir ajuda e um médico tentando reanimar a paciente. Ela contou ainda que a equipe médica mencionou que precisava de fornecimento de oxigênio.

As autoridades ainda encontraram remédios vencidos no centro cirúrgico e na farmácia do estabelecimento e apuram se produtos fora da validade foram utilizados no socorro à Marilha. O local foi interditado.

As responsáveis pela clínica foram detidas nesta quarta-feira (10) e conduzidas à delegacia, onde foram ouvidas e liberadas.

Clínica se pronunciou sobre o caso

Em nota, a clínica afirmou que as sócias foram conduzidas para a delegacia apenas para prestar esclarecimentos e que foram liberadas no mesmo dia. O estabelecimento também lamentou o ocorrido e disse que a equipe médica responsável pelo procedimento era terceirizada.

A Amacor também negou as irregularidades. A clínica alegou que equipes médicas terceiras alugam o espaço para realizar procedimentos e que é responsável apenas pela infraestrutura e orientação de conduta médica local.

O comunicado também afirma que o centro cirúrgico do estabelecimento é mantido devidamente aparelhado com todos os equipamentos essenciais e em perfeitas condições de funcionamento para o caso de intercorrências.

Segundo a clínica, no caso de Marilha, todo o protocolo foi acionado para socorrer a paciente. A Amacor se colocou à disposição das autoridades.

Cremerj abriu investigação

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) realizou uma fiscalização na clínica. A equipe da entidade médica foi acompanhada de agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) e da Vigilância Sanitária.

O conselho informou que o procedimento investigativo é sigiloso, seguindo todos os ritos obrigatórios do Código de processo ético-profissional.

Os itens fora do prazo de validade encontrados foram apreendidos e passarão por perícia técnica. O Cremerj abriu sindicância para apurar as causas da morte da paciente.

*Com informações do UOL e da Agência Brasil

Redação Folha Vitória

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