Morte irmãos carbonizados

Polícia

Justiça concede liberdade para o pai de Kauã três dias após prisão

Na tarde desta sexta-feira, o desembargador Adalto Dias Tristão aceitou o pedido de habeas corpus da defesa e ordenou a soltura de Rainy Butkovsky

Rodrigo Araújo

Redação Folha Vitória
Foto: Andre Vinícius Carneiro

A defesa de Rainy Butkovsky, pai do menino Kauã Salles Butkovsky, conseguiu a soltura do empresário, que estava preso desde a última terça-feira (19). De acordo com o advogado de Rainy, Siderson Vitorino, na tarde desta sexta-feira (22), o desembargador Adalto Dias Tristão aceitou o pedido de habeas corpus da defesa e expediu uma liminar determinando que seu cliente fosse posto em liberdade.

Rainy estava preso na Penitenciária Regional de Linhares, no norte do Estado. Ele foi detido logo após o fim da quinta audiência sobre o processo que apura a morte do filho dele e de Joaquim Salles Alves, irmão de Kauã.

Na ocasião, o empresário teria discutido com o juiz Carlos Abad, da 2ª Vara da Infância e da Juventude do município. O magistrado entendeu que houve desacato por parte de Rainy e deu voz de prisão a ele. Policiais militares que estavam na parte de fora do Fórum Desembargador Mendes Wanderley precisaram imobilizar o pai de Kauã antes de levá-lo para a delegacia.

Incêndio

Rainy é o pai biológico do menino Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, morto, junto com o irmão Joaquim Alves Sales, de 3, em um incêndio no dia 21 de abril do ano passado, em Linhares. Segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MPES), Georgeval Alves, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, é acusado de estuprar, agredir e atear fogo nas duas crianças, ainda vivas.

A mãe dos meninos, Juliana Salles, também foi denunciada pelo MPES por omissão, já que, segundo o Ministério Público, sabia dos riscos de deixar os filhos sozinhos com Georgeval. Ela chegou a ser presa, mas responde ao processo em liberdade desde o dia 30 de janeiro.

Os dois foram interrogados pela primeira vez na última terça-feira, justamente no dia em que Rainy foi preso. O pai de Kauã protestava, ao lado de familiares, na porta do Fórum de Linhares contra os dois réus, quando teria ocorrido a discussão com o magistrado.

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