Polícia

Interrogatório de Hilário e demais réus no Caso Milena Gottardi tem nova data definida

A audiência de instrução será realizada no próximo dia 12 de abril às 9h, no Fórum Criminal de Vitória, no Centro da capital

Breno Ribeiro

Redação Folha Vitória
Serão ouvidos os réus Hilário Frasson, Esperidião Frasson, Hermenegildo Palauro Filho e Valcir da Silva

Foi agendada a data para a segunda etapa de interrogatório dos réus do caso Milena Gottardi. A audiência de instrução será realizada no próximo dia 12 de abril às 9h, no Fórum Criminal de Vitória, no Centro da capital. A decisão pela data é do juiz de direito Marcos Pereira Sanches, informada em despacho publicado nesta quarta-feira (14).

Na ocasião, serão ouvidos os réus Hilário Antonio Fiorot Frasson, Esperidião Carlos Frasson, ex-marido e ex-sogro de Milena, respectivamente, e ambos apontados como mandantes do crime, além de Hermenegildo Palauro Filho e Valcir da Silva Dias, acusados de intermediar o assassinato da médica, em setembro do ano passado.

A audiência estava marcada para acontecer no último dia 2 de março, contudo, foi adiada pelo juiz pelo fato de o advogado de Dionathas Alves Vieira e Bruno Rodrigues, apontados como executor e facilitador no crime, respectivamente, Leonardo da Rocha de Souza ter tido outra audiência - marcada primeiro -, agendada para a mesma data.

Advogado renuncia defesa de Hilário

O advogado Homero Mafra renunciou a defesa de Hilário Frasson na última segunda-feira (14). Uma fonte informou que o advogado Leonardo Picoli Gagno assumirá a defesa do réu, contudo, ainda não há uma definição oficial sobre quem defenderá Hilário no julgamento do caso. 

O juiz Marcos Pereira Sanches deferiu o pedido de renúncia de Homero e intimou Hilário para apresentar um novo advogado dentro de 10 dias. "Intime-se o acusado Hilário para que, no prazo de 10 (dez) dias, constitua novo patrono, cientificando-o de que, na inércia, ser-lhe-á nomeado advogado dativo", disse o juiz no despacho publicado nesta quarta.

Depoimento do executor

Até o momento foram ouvidos pela Justiça as testemunhas de acusação, de defesa e os réus Dionathas e Bruno. De acordo com depoimento de Dionathas Alves Vieira, realizado no último dia 23 de fevereiro no Fórum Criminal de Vitória, o policial civil Hilário Frasson, preferia que o crime fosse cometido no município da Serra, alegando tráfico de influência.

Dionathas afirmou ainda que Valcir da Silva Dias e Hermenegildo Palauro Filho chegaram a falar em valores entre R$ 50 mil e R$ 100 mil, além de uma carreta para que, se necessário, ele assumisse toda a responsabilidade pelo crime.

Segundo o depoimento de Dionathas, os detalhes da morte de Milena foram definidos dentro de uma caminhonete, nas proximidades de um posto de combustíveis, no município da Serra. Porém, o assassinato acabou sendo transferido para Vitória.

Vieira passou mais de quatro horas em frente ao juiz. Dizendo-se arrependido, o homem apontado como executor de Milena voltou a confessar o crime, mas negou que o cunhado Bruno Rodrigues soubesse da trama para a morte da médica. Ele confirma que Rodrigues foi quem conseguiu a motocicleta usada no crime, mas diz que ele não sabia a finalidade do veículo.

Próximas etapas

O presidente da Associação de Magistrados do Espírito Santo, Ezequiel Turíbio, explica que, depois de cumpridas as etapas de audiências, o juiz permite a apresentação das alegações finais, começando pela acusação e, em seguida, a defesa.

Após isso, o juiz decide se os réus serão levados ou não à júri popular. Turíbio estima que, por conta da repercussão do crime, a conclusão do processo não deve se estender por muito tempo.

O crime

A médica foi baleada no Hospital das Clínicas, em Vitória, no dia 14 de setembro do ano passado. Um dos tiros atingiu a cabeça dela. Ela chegou a ser internada, mas morreu no dia seguinte, no hospital. Hilário e o pai dele, Esperidião Frasson, são acusados de encomendar o crime. Para isso, eles teriam contado com a ajuda dos intermediários Hermenegildo Palauro Filho e Valcir Dias. O cunhado de Dionathas, Bruno Rodrigues, teria cedido a moto usada pelo executor no crime.

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