Polícia

Foragido da Justiça de SP se entrega à polícia capixaba após 3 anos de fuga

Ele nasceu em Linhares e foi para São Paulo ainda adolescente, onde começou a se envolver com as drogas. Foi nesse período que cometeu vários crimes

Gilberto procurou ajuda para se recuperar do vício  Foto: TV Vitória

Um homem que estava foragido da Justiça de São Paulo se entregou à polícia na noite de terça-feira (31) em Vitória. Gilberto Souza, de 30 anos, estava em regime semiaberto e durante uma saída não voltou mais. Ficou solto há três anos.

Ele nasceu em Linhares, no norte do Estado, e foi para São Paulo ainda adolescente, onde começou a se envolver com as drogas. Foi nesse período que cometeu vários crimes e acabou sendo preso na cidade paulista.

“Ganhei o benefício da saidinha e não voltei. Já estou há quase três anos na rua como fugitivo. Voltei para o Espírito Santo e comecei a usar mais crack até um ponto em que eu não tinha mais razão para viver”, contou Gilberto.

No Espírito Santo, Gilberto procurou ajuda para se recuperar do vício e acabou sendo acolhido em uma clínica para dependentes químicos. “É muito comum a Justiça nos encaminhar essas pessoas. Mas no caso do Gilberto houve um diferencial, pois ele chegou se apresentando, mas ele não tinha documento nenhum. Nós o acolhemos em nome da caridade e depois de um tempo ele revelou que era um foragido da Justiça. Com isso, a nossa equipe fez um trabalho de conscientização, ele aceitou e fez uma rendição. Se deve à Justiça tem que pagar”, disse o psicólogo Silvestre Leão.

Antes de fugir, Gilberto cumpriu seis dos doze anos a que foi condenado em Itapetinga. Se ele vai cumprir o resto da pena aqui é o juiz que decide. “Em relação ao cumprimento da pena, se ele vai ficar aqui ou em São Paulo, de onde ele fugiu, a questão é com o Judiciário. No meu plantão essa foi a primeira vez que vejo isso acontecer”, explicou o delegado Thyago Mello.

Antes de ser encaminhado para o Centro de Triagem de Viana, ele abraçou o homem que o acolheu e o ajudou a se livrar do vício nas drogas. “Eu espero ter uma vida melhor, voltar para a sociedade e mostrar para o dependente que está perdido que no fim do túnel sempre há uma luz”, afirmou.

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