Um pai que foi buscar o filho, de 9 anos, na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Edna Matos Siqueira Galdio, em Jesus de Nazareth, em Vitória, na última quarta-feira (19), se deparou com o menino machucado, com um corte no rosto. O garoto precisou levar três pontos.
A família afirma que não foi avisada sobre o ocorrido e reclama da falta de assistência por parte da escola. Segundo o pai, a criança, que é autista, contou ter sido empurrada por um colega durante uma brincadeira.
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Escola informou ao pai que menino chegou machucado
Ao questionar a direção da escola sobre o ferimento, foi informado que o menino já havia chegado ao local machucado.
Passaram para mim que ele já estava machucado, e que só tinha uma casquinha no machucado. Eu falei com a diretora que não tem como o machucado ser somente uma casquinha, pois precisou ter dado três pontos. Não existe isso. E a escola tem câmera, disse o pai.
O pai, indignado com a situação, perguntou ao filho se não havia alguma cuidadora por perto no momento do ocorrido.
“Ele contou que estava brincando com o coleguinha, só que o coleguinha empurrou ele. Aí eu questionei o meu filho: ‘Cadê a sua cuidadora?’. Ele disse que a cuidadora não estava lá momento do ocorrido e que eles estavam sozinhos”, disse.
Diante da situação, o responsável levou o filho para atendimento médico no Pronto Atendimento (PA) da Enseada do Suá, de onde foi encaminhado ao Hospital Infantil, onde recebeu três pontos no rosto. Desde o ocorrido, a criança não voltou às aulas.
Revoltado com a falta de comunicação da escola e a ausência de cuidados adequados, o pai registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
A escola deveria ter chamado uma ambulância para socorrer o meu filho, ver se houve alguma coisa grave no rosto dele. Está na Justiça agora. Já aconteceu com o meu filho e com o meu sobrinho. Daqui uns dias vai ser o quê? Uma criança morta?, disse o pai.
O que diz a Secretaria de Educação
A Secretaria Municipal de Educação (Seme) informou que a EMEF Edna de Mattos Siqueira Gaudio identificou uma situação de conflito entre dois estudantes.
Segundo a Seme, o estudante foi prontamente atendido e recebeu os primeiros cuidados pela equipe escolar. Imediatamente após o ocorrido, foram feitas tentativas de contato com a família, mas sem sucesso.
No horário da saída, de acordo com a secretaria, o estudante foi liberado pela equipe escolar para um responsável com o encaminhamento médico.
“No dia seguinte, a diretora da escola conversou com o pai do estudante, que demonstrou compreensão do ocorrido. Sobre o outro estudante envolvido, a equipe escolar orientou o mesmo e conversou com a família sobre a situação”, informou a Seme, por nota.
*Com informações da repórter Ana Carolini Mota, da TV Vitória/Record
