Política

Governo mantêm Bezerra na liderança do Senado

A informação foi confirmada pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, no começo da noite de quarta-feira (2)

Governo mantêm Bezerra na liderança do Senado Governo mantêm Bezerra na liderança do Senado Governo mantêm Bezerra na liderança do Senado Governo mantêm Bezerra na liderança do Senado
Foto: Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB – PE) será mantido como líder do governo no Senado. A informação foi confirmada pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, no começo da noite de quarta-feira (2) em Brasília, em briefing com os jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto.

“O presidente não tem intenção de substituir o seu líder no Senado”, afirmou o porta-voz. “Não há no escantilhão [instrumento usado para regular medidas padrão] do senhor presidente a substituição de nosso líder no Senado”, assegurou.”O presidente vem mantendo contato com o senador Fernando Bezerra por meio do telefone e por meio dos outros nossos interlocutores junto àquela Casa”, acrescentou.

No dia 19 do mês passado, a Polícia Federal fez buscas no gabinete e no apartamento do senador Bezerra Coelho, no âmbito da Operação Desintegração.

Reforma da Previdência

No final da noite de ontem (1º), o plenário do Senado aprovou, em primeiro turno, o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que reforma a Previdência Social. Pouco após a vitória do governo, os senadores aprovaram destaque que derrubou a proposta governamental que mudava as regras de pagamento do abono salarial.

O benefício continuará a ser pago aos trabalhadores que recebem até dois salários mínimos e tenham carteira assinada há pelo menos cinco anos. A proposta do governo previa a manutenção do abono para quem ganha hoje até R$ 1.364,43. Com a retirada desse ponto da PEC, a estimativa do governo é que a economia com a reforma da Previdência cai para R$ 800,2 bilhões nos próximos 10 anos, R$ 76,2 bilhões a menos do que o projetado inicialmente.

Para o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, a aprovação do destaque não foi uma derrota do governo. “Que derrota?”, perguntou aos jornalistas após a solenidade no Planalto para a assinatura de protocolo de intenções que muda a campanha de acolhimento de venezuelanos no Brasil.

“A democracia é um regime belo, onde se permitem as diferenças e o debate. É por isso que nós estamos na democracia. Não existe unanimidade. É um regime bonito, onde há as diferenças, mas não existe um inimigo pessoal, e sim adversários, onde todos saem ganhando”, afirmou.

O ministro assinalou que, a despeito dos destaques, a reforma foi aprovada depois de anos, vários governos. “Agradeço a Davi Alcolumbre [presidente do Senado Federal] e a todos os senadores”, disse Ramos.