Política

R$ 100 mil para cada árvore cortada em Guarapari

Uma ação popular, ajuizada pelo vereador Thiago Paterlini, fez com que a justiça determinasse que mais nenhuma árvore fosse cortada em Guarapari, sob multa de R$ 100 mil por cada corte

Aline Couto

Redação Folha da Cidade
A última castanheira cortada foi em frente ao prédio Porto Maior na Prainha.

A supressão das árvores na Prainha de Muquiçaba foi parar na justiça. O vereador Thiago Paterlini (PMDB) entrou com uma ação popular pedindo o impedimento de mais cortes de árvores no bairro, o que foi determinado pelo juiz Gustavo Marçal da Silva e Silva, da Vara da Fazenda Pública de Guarapari. A justiça aceitou a liminar e proibiu, no dia de ontem (19), que a prefeitura derrube mais árvores na Prainha e também no final da Praia do Morro.

“A luz do exposto, DEFIRO a liminar para impor ao RÉU obrigação de não fazer, consistente na suspensão do corte das árvores/castanheiras na orla da Prainha de Muquiçaba e no final da Orla da Praia do Morro, até ulterior deliberação deste juízo, sob pena de incorrer em multa que fixo no importe de R$ 100.000,00 (Cem mil reais) para cada arvores que vier a ser cortada com descumprimento da presente decisão”, finalizou a decisão o juiz Gustavo Marçal.

O corte começou no início da manhã de quarta (18) e surpreendeu a todos. 

O vereador Thiago Paterlini se manifestou dizendo que o poder judiciário fez justiça ao atender a reivindicação da sociedade, porque era uma ação popular. “Diante de todos os fatos que vivenciei como presidente da Comissão de Meio Ambiente, além das inverdades que foram apresentadas para justificar a retirada das 13 castanheiras da orla da Prainha, é uma vitória de toda a sociedade Guarapariense. Que o poder executivo possa dialogar mais”, argumentou.

O parlamentar acrescentou que não é contra a revitalização da orla, mas que algumas árvores fossem aproveitadas, não retirar todas, respeitando assim a qualidade, de vida e emocional, da infância de muitas pessoas que ali vivem.