Política

Imprensa internacional destaca que episódio de Zambelli não é isolado na direita

Diversos veículos de imprensa da mídia internacional comentaram o episódio em que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi filmada apontando uma arma contra um homem negro na capital paulista, na tarde de sábado, 29. A maioria dos jornais destaca que o episódio violento é mais um que envolve a direita brasileira sob o atual governo.

O Financial Times ressalta que o incidente envolvendo a parlamentar, "aliada próxima de Bolsonaro, ocorreu apenas uma semana depois que Roberto Jefferson, outro aliado de Bolsonaro, disparou contra policiais federais que tentavam cumprir um mandado de prisão contra ele". Segundo o jornal, "antes da votação deste domingo, as tensões estão altas. Uma série de incidentes violentos prejudicou a campanha".

Já a CNBC reproduz matéria da Reuters, na qual a agência também comenta que "as últimas duas semanas de campanha apresentaram ventos contrários" para Bolsonaro. "Há uma semana, um dos aliados de Bolsonaro abriu fogo contra policiais federais que vinham prendê-lo. No domingo, uma de suas associadas mais próximas, a deputada Carla Zambelli, perseguiu um simpatizante de Lula em um restaurante de São Paulo".

O canal de televisão de informação francês C News definiu a cena do ataque de Zambelli como "edificante". "Imagens que chocaram, poucas horas antes do segundo turno das eleições presidenciais".

A agência de notícias argentina Télam comenta que a deputada de extrema-direita é uma das principais rés na campanha eleitoral da Justiça Eleitoral por divulgar fake news contra Lula. O espanhol El Mundo, por sua vez, ressalta que os "apoiadores e membros do partido da extrema-direita brasileira de Bolsonaro continuam a realizar incidentes de violência armada, desta vez apenas um dia antes das eleições presidenciais".

Além disso, o também espanhol El País repercutiu o caso: "Zambelli seguiu o homem até um restaurante onde ele apontou a arma para ele. Ela alegou que ele a agrediu fisicamente, algo que os vídeos negam".

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