Um novo parâmetro para medição arterial deve alterar significativamente o diagnóstico da hipertensão, popularmente conhecida como pressão alta. Por muito tempo, pacientes apresentarem pressão 14 por 9 (140/90 mmHg), ainda era considerado aceitável.
Entretanto, com a atualização, o limite recomendado passa a ser 13 por 8 (130/80 mmHg). Uma mudança que pode parecer pequena, mas que permite a detecção mais rápida e rigorosa da hipertensão.
LEIA TAMBÉM:
- Maio Verde: prevenção, combate e conscientização do glaucoma
- Você sente cansaço e ganha peso sem explicação? Pode ser a sua tireoide
- Malária: saiba o que a doença que afetava Sebastião Salgado pode causar
A nova diretriz foi promovida por entidades de cardiologia da Argentina, após a realização de pesquisas que apontaram a necessidade de redução.
Segundo Jerônimo Vervolet, médico da Bluzz Saúde, a Sociedade Europeia de Cardiologia, apresentada no Congresso Europeu de Cardiologia, também estabeleceu novos parâmetros em 2024. São eles:
Pressão (PA) não elevada : < 120/70mmHg
Pressão (PA) elevada : até 139/89mmHg
Hipertensão: igual ou maior que 140/90mmHg.
É provável que a nova Diretriz Brasileira para Hipertensão, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que deve ser apresentada este ano no Congresso Brasileiro de Cardiologia, em setembro, deva seguir os mesmos parâmetros da Sociedade Europeia.
Monitoramento de pressão alta
Para pacientes com pressão arterial elevada ou hipertensão, é essencial fazer acompanhamento regular.
Segundo o especialista, é indicado a realização de monitoramento residencial ou monitoramento ambulatorial para confirmação de diagnostico e controle do quadro.
“Estes procedimentos podem ser realizados a cada 4 meses até estabilização nos níveis pressóricos e, anualmente após PA estável”, destaca.