O Alzheimer é uma das doenças neurodegenerativas que mais afetam a população idosa, especialmente pessoas com 60 anos ou mais.
Ela causa uma deterioração progressiva da memória e das funções cognitivas, impactando a capacidade de realizar tarefas simples do dia a dia, como reconhecer familiares, cozinhar ou sair na rua.
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Diante desse cenário, a prevenção e o cuidado com a saúde mental se tornam prioridades cada vez maiores à medida que a população mundial envelhece.
Mas e se fosse possível ajudar a combater essa doença com ingredientes simples e acessíveis na alimentação diária?
De acordo com especialistas, a resposta é sim. Estudos recentes destacam que certos alimentos, ricos em nutrientes específicos, têm demonstrado potencial para reduzir o risco de desenvolver Alzheimer e melhorar a memória. Entre esses ingredientes, três frutas se destacam: o mirtilo, o abacate e as nozes.
A DIETA MEDITERRÂNEA E A SAÚDE DO CÉREBRO
Uma das estratégias mais promissoras para a saúde cerebral é a adoção da dieta mediterrânea. Rica em frutas, vegetais, peixes, azeites e nozes, essa dieta tem sido amplamente recomendada por especialistas em neurologia e psiquiatria.
Segundo a Dra. Uma Naidoo, diretora de Psiquiatria Nutricional do Hospital Geral de Massachusetts, os alimentos dessa dieta possuem compostos neuroprotetores, como flavonoides, antioxidantes, folatos e ácidos graxos ômega-3. Esses nutrientes não só protegem o cérebro como também ajudam a retardar os efeitos do envelhecimento cognitivo.
A seguir, conheça os três principais ingredientes que podem fazer a diferença na prevenção do Alzheimer e na melhoria da memória para pessoas com mais de 60 anos.
1. Mirtilo
O mirtilo, também conhecido como blueberry, é uma pequena fruta azulada que carrega um grande poder antioxidante. Rico em flavonoides, antioxidantes e fibras, o mirtilo tem sido objeto de inúmeros estudos sobre os benefícios à saúde mental. Esses nutrientes combatem os radicais livres, que são responsáveis por danificar as células cerebrais e acelerar o envelhecimento cognitivo.
Estudos apontam que o consumo regular de mirtilos pode ajudar a melhorar a função cognitiva e a memória de longo prazo. Além disso, a fruta tem propriedades anti-inflamatórias que beneficiam o cérebro ao reduzir a inflamação, um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.
Inserir mirtilos na dieta é simples: eles podem ser consumidos em saladas de frutas, smoothies ou até como um lanche entre as refeições.
2. Abacate
O abacate é outra fruta poderosa para a saúde do cérebro. Ele é uma excelente fonte de ácidos graxos ômega-3, que são gorduras saudáveis essenciais para o bom funcionamento do cérebro. Estudos têm mostrado que o ômega-3 ajuda a melhorar a função cognitiva e a prevenir a deterioração das células cerebrais.
Além disso, o abacate é rico em magnésio, um mineral vital para a saúde neurológica. A deficiência de magnésio está associada a problemas como depressão e fadiga mental, o que pode agravar o risco de doenças neurodegenerativas. Incorporar abacate à dieta diária pode, portanto, ajudar a preservar a saúde mental, especialmente em idades mais avançadas.
O abacate pode ser consumido de diversas formas: em torradas, saladas, guacamole ou até mesmo em vitaminas. Sua versatilidade o torna um ingrediente fácil de integrar em diferentes tipos de refeições.
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3. Nozes
As nozes são amplamente conhecidas por seus benefícios à saúde cardiovascular, mas seus efeitos sobre o cérebro também são notáveis. Ricas em ácidos graxos ômega-3 e antioxidantes, elas oferecem um potente efeito anti-inflamatório que protege as células cerebrais contra danos.
Estudos demonstram que o consumo regular de nozes está associado à melhora da memória e à redução do risco de declínio cognitivo. Além disso, as nozes também ajudam a controlar os níveis de colesterol, outro fator importante na prevenção de doenças cerebrais, uma vez que problemas cardiovasculares estão frequentemente relacionados ao declínio cognitivo.
As nozes podem ser facilmente adicionadas a diversas refeições, como iogurtes, saladas, bolos ou até mesmo consumidas sozinhas como um lanche saudável.
ALIMENTAÇÃO NA PREVENÇÃO DO ALZHEIMER
Embora o Alzheimer não tenha cura, a ciência tem mostrado que a alimentação pode desempenhar um papel crucial na prevenção e no atraso do surgimento da doença. A dieta, quando rica em nutrientes como os flavonoides, antioxidantes, folatos e ômega-3, pode ajudar a preservar a saúde cognitiva e retardar o declínio mental associado ao envelhecimento.
Contudo, é importante lembrar que uma alimentação saudável é apenas uma parte da estratégia de prevenção.
O acompanhamento médico regular e a realização de exames continuam sendo indispensáveis para o diagnóstico precoce e o controle de doenças neurodegenerativas. Manter uma rotina de exercícios físicos e mentais, além de ter uma boa qualidade de sono, também são fatores que influenciam diretamente na saúde do cérebro.
O envelhecimento é um processo natural, mas cuidar da saúde do cérebro é essencial para garantir uma vida longa e de qualidade.
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Repórter
Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Viçosa, pós-graduanda em Branding pela Universidade Castelo Branco, Alumni do Susi Leaders (Ed. 2023). Atua no Folha Vitória desde maio de 2024.
