
Você já parou pra pensar em como anda a saúde do seu cérebro? Não tô falando de exames caros ou nomes difíceis. Estou falando de memória, foco, sono, humor… Porque quando o cérebro não vai bem, nada vai.
Cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do coração. E, na prática, isso começa por atitudes bem mais acessíveis do que parece.
A verdade é que a gente aprendeu a prestar atenção no que dói. Uma dor no peito, uma febre, uma fratura. Mas e quando o que adoece é mais sutil? Quando o alerta vem em forma de esquecimento, irritação fora do comum, ansiedade constante ou sono quebrado? A gente costuma empurrar. Espera passar. Ou culpa o excesso de trabalho, os filhos, a idade, a vida. E aí o cérebro vai ficando de lado.
Mas ele não merece esse abandono. Porque é ele quem comanda tudo: nossas decisões, emoções, movimentos, memórias. E também é ele quem adoece quando a gente negligencia o básico: o descanso, a alimentação, o prazer, o silêncio.
Atitudes que adoecem o cérebro
Quer um exemplo? Dormir mal por vários dias seguidos pode afetar sua memória, sua capacidade de resolver problemas e até seu humor. O sono é quando o cérebro faz sua faxina interna, literalmente! Ele remove toxinas, organiza o que vivemos e ajuda a consolidar aprendizados. Quando você dorme mal, essa faxina fica pela metade.
Outra questão? O estresse crônico. Aquela pressão contínua, os prazos que não acabam, a sensação de que você precisa dar conta de tudo, o tempo todo. Esse estresse prolongado libera substâncias que, em excesso, podem danificar áreas do cérebro ligadas à memória e ao controle emocional. É como viver com o pé no acelerador, mas sem saber pra onde está indo.
E a alimentação? Pouca gente lembra que o cérebro também sente o que você come. Dietas ricas em ultraprocessados, açúcares e gorduras ruins estão associadas a maior risco de declínio cognitivo. Em compensação, uma alimentação rica em frutas, verduras, azeite de oliva, peixes e castanhas, como a dieta mediterrânea , ajuda a proteger o cérebro contra o envelhecimento precoce.
Quando é a hora de procurar o neurologista?
“Mas, Camila, e se eu já estiver esquecendo coisas, me sentindo confusa ou muito cansada mentalmente?”
Então, esse é o momento de procurar um neurologista. Esquecimento nem sempre é Alzheimer. Pode ser estresse, depressão, sobrecarga. Mas também pode ser o primeiro sinal de algo mais sério. A diferença entre cuidar e ignorar pode impactar os próximos anos da sua vida.
A boa notícia é que o cérebro tem uma capacidade incrível de adaptação. A gente chama isso de neuroplasticidade. Com estímulo, atenção e cuidado, ele responde. Aprende. Se reorganiza. Mas ele precisa de espaço e de escolha consciente.
Perguntas que te fazem olhar para dentro
Então aproveita agora pra olhar pra dentro com essas perguntas simples:
1- Como anda seu sono?
2- Quanto tempo você passa nas telas, sem pausa?
3- Quando foi a última vez que você fez algo que te dava prazer, sem culpa?
4- Você se permite parar? Respirar? Conversar com quem você ama?
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Cuidar do cérebro é um investimento silencioso. Ele não vai te mandar uma fatura no fim do mês, mas pode cobrar caro no futuro. Não espera a saúde mental gritar. Comece pelos sussurros.
Atitudes que funcionam
E se você quiser um conselho simples, quase clichê, mas que funciona:
- Durma bem;
- Coma de verdade;
- Mexa o corpo;
- Cultive afeto;
- Alivie o peso.
E, se algo parecer errado, não aceite como “normal da idade” ou “frescura”. Seu cérebro merece mais que isso.
No fim das contas, saúde cerebral é sobre viver com mais presença, lucidez e alegria. E você merece essa versão de si mesmo.