Saúde

Adolescentes apresentam incidência de hipovitaminose D, diz especialista

Banhos de sol em acordo com horários e exposição ajudam aumentar vitamina no organismo

Adolescentes apresentam incidência de hipovitaminose D, diz especialista Adolescentes apresentam incidência de hipovitaminose D, diz especialista Adolescentes apresentam incidência de hipovitaminose D, diz especialista Adolescentes apresentam incidência de hipovitaminose D, diz especialista
Foto: Divulgação
Ovos, salmão, derivados do leite são alimentos ricos em vitamina D. 

Muitos estudos mostram que grande parte da população tem deficiência de vitamina D, o que aumenta a chance de desenvolver osteoporose e fraturas. Entre as pessoas com maior risco, estão idosos com histórico de quedas e fraturas, obesos, grávidas e pacientes com insuficiência renal ou hepática. Porém, um estudo brasileiro recente mostrou alta incidência de hipovitaminose D entre adolescentes.

A Vitamina D é um pré-hormônio produzido a partir da ação do raio ultravioleta B na pele. As duas principais formas são a vitamina D2 (ergocalciferol) e a vitamina D3 (colecalciferol). Valores considerados adequados são acima de 20 ng/ml na população saudável abaixo dos 65 anos e acima de 30 ng/ml na população de maior risco, conforme recomendação da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, levando em consideração as evidências científicas internacionais e nacionais.

Alimentos como: salmão e atum selvagens , sardinha ou cavala em conserva, óleo de fígado de bacalhau e os cogumelos frescos ou secos ao sol são ricos dessa vitamina. Podemos ainda encontrar em alguns outros alimentos como a gema de ovo ou outros enriquecidos com vitamina D, porém a quantidade é pequena.

Entretanto, de acordo com a endocrinologista, Rafaela Norbim somente a alimentação dificilmente será suficiente para manter um nível adequado de vitamina D no sangue. “A exposição solar com moderação em torno de 15 minutos por dia para pessoas de pele clara e 45 minutos para pessoas com a pele negra contribui para manter níveis razoáveis. Bebês e idosos precisam de pelo menos 20 minutos para produzir a quantidade de vitamina D necessária”. 

A médica comenta ainda que essa exposição deve ser diária e o ideal é que ocorra no início da manhã, antes das 10 horas ou no final da tarde, após as 16 horas, para evitar os efeitos nocivos dos raios ultravioletas, como o câncer ou o fotoenvelhecimento. Contudo os raios UVB predominam das 10 às 16h e deste modo, a produção de vitamina D poderá deixar a desejar.

A deficiência da vitamina D pode ser silenciosa, ou seja, não produzir sintomas. Mas, pessoas com níveis muito baixos podem apresentar fadiga, fraqueza muscular, queda recorrente e até dor crônica. Além de problemas ósseos, existem indícios de que a falta de vitamina D pode contribuir para o desenvolvimento de várias outras doenças: obesidade, diabetes, depressão, Alzheimer, doença cardiovascular, câncer de mama, câncer colorretal, câncer de Próstata e artrite reumatoide.

“Além do sol e da alimentação, a suplementação com vitamina D pode ser uma boa alternativa, gerando normalização dos níveis de vitamina D em torno de 3 meses após o uso diário ou semanal de forma contínua. A dose correta de suplementação depende de sua idade, do nível de deficiência e dos fatores de risco presentes”, complementou a farmacêutica, Raigna Vasconcelos.