Saúde

Aprovado novo tratamento para doença rara pulmonar

Medicamento é o primeiro para condição crônica e progressiva e mostrou 57% de redução no avanço da doença pulmonar

Aprovado novo tratamento para doença rara pulmonar Aprovado novo tratamento para doença rara pulmonar Aprovado novo tratamento para doença rara pulmonar Aprovado novo tratamento para doença rara pulmonar
Foto: Divulgação

Pacientes com doenças pulmonares têm um novo tratamento disponível nos Estados Unidos. O medicamento nintedanibe, recebeu aprovação da agência regulatória dos EUA para doenças pulmonares intersticiais (DPIs) fibrosantes com fenótipo progressivo, uma condição crônica, na qual a fibrose pulmonar continua a piorar. É a primeira terapia para esse tipo da doença, que atinge de 18% a 32% dos pacientes.

“Essa aprovação fornece uma opção terapêutica para muitos pacientes que não tinham um tratamento aprovado até hoje”, esclarece Dr. Kevin Flaherty, investigador principal do estudo que embasou a liberação do medicamento. As DPIs pertencem ao grupo de doenças raras. Abrangem mais de 200 distúrbios que podem levar a uma cicatrização irreversível do tecido do pulmão, que afeta negativamente a função do órgão, comprometendo a capacidade respiratória. “Os sintomas confundem-se com os de outras condições pulmonares, o que pode atrasar o diagnóstico e retardar o início do tratamento, fundamental para a preservação da capacidade pulmonar”, alerta Thais Melo, diretora médica da Boehringer Ingelheim Brasil.

Nintedanibe é um inibidor de tirosina quinase multi-direcionado que atua inibindo a proliferação, a migração e a transformação de células envolvidas no desenvolvimento da fibrose pulmonar e, dessa forma, tratando e diminuindo a progressão da DPI com fenótipo fibrótico progressivo. Atualmente, também está aprovado no Brasil para o tratamento da fibrose pulmonar idiopática e para pacientes com DPI associada à esclerose sistêmica. 

“A aprovação representa um grande avanço na pesquisa de DPI e é um marco importante, pois ocorre apenas seis meses após a liberação do medicamento para diminuir a taxa de declínio da função pulmonar em pacientes com esclerose sistêmica”, comemora Thomas Seck, vice-presidente sênior da Medicina e Assuntos Regulatórios da Boehringer Ingelheim.