O Estado da Bahia registrou o primeiro caso de morte suspeita de intoxicação por metanol no município de Feira de Santana. A informação foi confirmada nesta sexta-feira, 3, pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia e Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana.
Trata-se de um paciente, um homem de 56 anos, que deu entrada na UPA da Queimadinha e morreu na madrugada desta sexta-feira.
Amostras biológicas serão coletadas e encaminhadas para análise laboratorial, com resultado previsto em até sete dias, a fim de confirmar ou descartar a hipótese de intoxicação.
Secretaria estadual
A Sesab orientou unidades de saúde pública e privadas a ficarem atentas para casos de intoxicação por metanol, notificando imediatamente para permitir investigações rápidas e adoção de medidas necessárias.
A secretaria estadual disse ainda que o caso será acompanhado pelas equipes de vigilância do Estado e do município, em articulação com a Secretaria da Segurança Pública do Estado, reforçando a integração das ações de monitoramento e investigação.
Mais de 50 casos suspeitos
A última atualização do Ministério da Saúde, realizada na quinta-feira (02), apontou que 59 casos e oito óbitos estavam sob investigação em todo o Brasil — além do óbito suspeito na Bahia. A maioria, 41, aconteceram no Estado de São Paulo.
A hipótese é que a intoxicação esteja acontecendo por meio de bebidas adulteradas. O metanol é um metal altamente tóxico, impróprio para o consumo humano.
Como identificar bebidas adulteradas
Devido ao aumento de casos de intoxicação por metanol em bebidas adulteradas, o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES) divulgou orientações a consumidores e fornecedores capixabas. A Nota Técnica nº 003/2025 foi publicada nesta quarta-feira (01).
Alguns sinais podem ajudar consumidores à identificar falsificações:
- Lacres quebrados, tampas violadas ou rótulos de má qualidade;
- Informações borradas ou com erros ortográficos;
- Ausência do selo fiscal/papel-moeda;
- Preços muito abaixo do mercado;
- Alterações de cor, cheiro ou sabor no consumo;
- Falta do registro do Mapa no rótulo.
Recomendações aos comerciantes
- Comprar apenas de fornecedores legalizados, sempre com nota fiscal;
- Manter cadastro atualizado de fornecedores para garantir rastreabilidade;
- Conferir rótulos, lacres e procedência dos lotes;
- Guardar comprovantes, recibos e imagens de CFTV para eventual colaboração com as autoridades.
O que fazer em caso de suspeita
- Consumidores: não consumir a bebida e denunciar ao Procon-ES, à Vigilância Sanitária ou à Polícia Civil.
- Comerciantes: suspender imediatamente a venda do lote suspeito e comunicar as autoridades.
- Sintomas de intoxicação: procurar atendimento médico imediato.
*Com informações da Agência Brasil.