Utilizado na culinária e pela medicina popular há séculos, o vinagre de maçã possui um lugar garantido nas residências brasileiras devido as muitas funções que executa.
De acordo com a nutricionista capixaba Estela Batista, o produto é obtido a partir da fermentação da maçã por bactérias e leveduras que transformam os açúcares presentes na fruta em álcool e, posteriormente, em ácido acético.
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Ao pensar na importância do produto, o Folha Vitória trouxe para o público uma lista com os benefícios do vinagre de maçã, em específico. Confira:
1. Antimicrobiano e antioxidante
Ainda segundo a nutricionista, diferente das outras substâncias, o vinagre de maçã é rico em fitoquímicos presentes na maçã, ácidos orgânicos e bactérias boas, o que conferem um efeito antimicrobiano e antioxidante ao alimento.
Por isso, o vinagre pode ser considerado um alimento funcional, ou seja, alimentos que oferecem benefício a saúde, bem como funções nutricionais básicas.
2. Emagrecimento
Estela Batista explica que as evidências do vinagre de maçã sugerem resultados favoráveis ao associar o consumo ao emagrecimento.
Tal fato se dá pelo efeito do vinagre na redução do esvaziamento gástrico, aumentando a sensação de saciedade e contribuindo com a redução da ingestão alimentar diária.
3. Redução da glicose
A nutricionista disse ainda que a redução do esvaziamento gástrico diminui também os níveis de glicose, auxiliando no controle do diabetes tipo 2.
4. Redução do colesterol
De acordo com dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 40% da população brasileira possui colesterol elevado.
Outro efeito do vinagre de maçã, segundo Estela, é a redução do colesterol, causada também pela redução do esvaziamento gástrico.
5. Ação digestiva
A nutricionista lembrou ainda que o vinagre de maçã possui uma forte atuação digestiva devido ao pH ácido, além do conteúdo de fitoquímicos, bactérias boas e efeito antimicrobiano, os quais possuem um potencial efeito benéfico na saúde intestinal.
6. Otimização do consumo de vitaminas
Estela ainda acrescentou que a melhor forma de consumir o vinagre é adicionado em saladas de legumes e verduras. Assim, o produto agrega sabor a esses alimentos e aumenta a ingestão.
Essas propriedades contribuem diretamente para otimizar o consumo de minerais, vitaminas, fibras e antioxidantes.
7. Prevenção de doenças crônicas
A nutricionista finalizou discutindo acerca da associação do vinagre de maçã à salada novamente. De acordo com ela, a ação de otimizar a absorção de minerais, vitaminas, fibras e oxidantes também produz um melhor consumo de alimentos integrais e minimamente processados.
Essas características atuam na prevenção de doenças crônicas como as cardiovasculares e câncer.
Alerta para não exagerar no consumo
Além de listar os benefícios do vinagre, a especialista ainda alertou sobre o excesso do produto.
“A dose recomendada para o consumo diário é de 1 a 2 colheres de sopa (15 ml a 30ml) ao dia e pode ser adicionado em saladas, molhos, ou diluído em um copo de água de acordo com a preferência individual. O ideal é começar com doses menores e progredir. Em pequenas doses o seu consumo é seguro, porém, em excesso pode causar erosão do esmalte dentário, sensibilidade dental e causar interação na ação de medicamentos”, explicou.
Segundo ela, um cuidado essencial para garantir o consumo de um bom vinagre é dar preferência aos vinagres orgânicos acondicionados em embalagem de vidro.
Esses vinagres não possuem adição de pesticidas ou agrotóxicos e, com isso, garantem uma concentração maior de nutrientes e fitoquímicos no alimento.
Indispensável
A aposentada Jocenira Sousa Braga, moradora da região de Serra Sede, garantiu que não fica sem o vinagre de maçã em casa.
“Eu uso o vinagre de maçã orgânico, sempre tenho. Quando acaba um, compro outro. Uso em tudo: no cabelo, no creme, no rosto, para temperar a salada, a carne, tudo. Eu amo o vinagre de maçã!”, contou.
A professora Nilce Marques Lima Machado, moradora da Serra, contou que utiliza o vinagre também como medicamento.
“Uso também como remédio, para má digestão, tomo uma colher em um copo de água”, disse a professora.
*Texto da estagiária Sofia Galois, sob supervisão da editora Erika Santos.