Será que o carboidrato é mesmo o grande vilão da dieta para emagrecimento?

Que dieta e exercícios físicos caminham juntos para a perda de peso é fato, mas a mídia nos bombardeia com informações sobre dietas low ou zero carbo, paleolítica e outras que condenam os carboidratos também chamados de açúcares.

A verdade é que os alimentos ricos em carboidratos são as principais fontes de energia para o corpo humano e estão presentes em vários alimentos naturais e principalmente no processo de fabricação de comida industrializada.

Existem vários carboidratos na dieta, os simples (sacarose, o açúcar de mesa) e os compostos que encontramos em grãos e legumes. Todos sofrem processo de digestão e metabolização no fígado até serem transformados em glicose que circula no sangue.

A glicose é um açúcar imprescindível na vida e saúde humana e existem células do corpo que só a usam como combustível, exemplos são células do sangue, em especial as de defesas (leucócitos) e outras muito dependentes desse açúcar, como o sistema nervoso, renal, reprodutivo. Com isso percebemos que se o corpo precisa e ela que está presente no sangue, seria carboidrato o vilão?

De fato temos que condenar os açúcares refinados e industrializados por seu alto teor calórico e seu baixo e até ausente valor nutricional, chamada caloria branca, sem vitaminas, mineiras e proteínas.

Além de calóricos esses açúcares industrializados e mesmo alimentos prontos (congelados, bebidas, biscoitos e outros) são ricos em frutose de milho, e essa associadas a doenças como esteatose hepática (fígado gorduroso) e resistência à insulina.

Na hora de falar em emagrecimento não devemos condenar os carboidratos e valorizar somente as proteínas e gorduras já que todos possuem uma condição comum implicada no ganho de peso que é a capacidade de ofertar energia ao corpo, pela presença do carbono na composição química de cada um desses compostos.

Então o segredo do emagrecimento é criar uma condição de déficit calórico com dieta hipocalórica através de diminuição de cerca de 500 a 1000 calorias por dia, mantendo as proporções adequadas de carboidratos, proteínas e gorduras e evitar ou até eliminar os açúcares refinados pelo alto teor calórico e baixo nutricional.

Isso quer dizer que se você precisa para viver de 2 000 calorias e comer 2 200 e essas 200 calorias a mais foram em proteínas possivelmente serão armazenadas como gordura.

Precisamos entender que um dos processos evolutivos da raça humana é a garantia da sobrevivência que passa pela oferta de energia, hoje vivemos com acesso e facilidade de comida calórica e o corpo não desperdiça o excesso e sim acumula formando as famosas gorduras da composição corporal.

Todas as dietas hipocalórica levam a perda de massa muscular e água no início e as que restringem carboidratos agravam a perda da massa magra levando a piores resultados a médio e longo prazo já que os músculos que garantem o metabolismo elevado do corpo, além de comprometer o sistema imunológico o que leva a infecções frequentes.

Os principais desafios das dietas de menor caloria são aderência e a manutenção da mesma. As alimentações restritivas que eliminam os carboidratos não são toleradas por muito tempo e isso é visto com frequência provocando o efeito sanfona, aquele em que a pessoa emagrece e engorda ao longo dos anos.

Então não culpe o carboidrato e sim faça escolhas saudáveis e corretas para a vida toda!

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