Calendário afetivo
Imagem: Sesa/divulgação

Em meio à rotina intensa de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pacientes do Hospital Estadual São Lucas, em Vitória, voltaram a se reconectar com o tempo graças ao Calendário Afetivo. Um projeto que une cuidado, empatia e acolhimento.

A ferramenta busca promover a orientação temporal e emocional de pacientes, que muitas vezes são prejudicados pelos longos períodos internados. A ação contribui para a redução da ansiedade, melhora a reorientação no tempo e ajuda na percepção de realidade e bem-estar durante a internação.

Segundo a gerente das Unidades Críticas, Anneliese Pimentel Ottaiano, o projeto nasceu da necessidade de tornar o ambiente da UTI mais acolhedor e humano. Ela explica que o tempo dentro da terapia pode fazer com que o paciente perca a noção de dia e noite, das estações e até de datas significativas.

Essa desorientação pode gerar ansiedade, angústia e sensação de isolamento. A proposta do calendário é justamente resgatar essa conexão com o tempo e com o mundo externo, trazendo também elementos afetivos, como o clima, o humor do paciente naquele dia e as datas comemorativas, que ajudam na reorientação e no bem-estar emocional.

Anneliese Pimentel Ottaiano, gerente das Unidades Críticas

Além disso, o projeto segue a Resolução RDC nº 7/2010 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabelece os requisitos para o funcionamento das Unidades de Terapia Intensiva. Entre as recomendações descritas está a presença de relógios e calendários visíveis aos pacientes como forma de promover a orientação temporal.

Impacto além dos pacientes

Para amigos e familiares a ferramenta representa uma forma de conforto e cuidado emocional com todos os envolvidos. Já os profissionais do hospital relatam que o Calendário Afetivo ajuda na comunicação e interação com os pacientes.

“Ele nos aproxima do paciente, estimula o diálogo e reforça o olhar para o ser humano que está por trás de cada leito. Pequenas iniciativas como essa fazem grande diferença na experiência de internação e refletem diretamente na recuperação e na qualidade da assistência”, disse a gerente.

Aline Gomes

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.