O emagrecimento rápido prometido pelas “canetas emagrecedoras” tem despertado a atenção de quem busca resultados imediatos. Um número cada vez maior de pessoas tem recorrido a medicamentos como Ozempic ou Mounjaro.
Entretanto, de acordo com a nutricionista Letícia Louzada, o uso dos medicamentos injetáveis pode causar novos problemas, quando não há um acompanhamento adequado. Entre os efeitos colaterais, estão a queda de cabelo e a flacidez.
Como evitar os efeitos colaterais
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A redução brusca de gordura facial e corporal é o que acentua a flacidez da pele. A queda de cabelo é um efeito indireto, já que algumas substâncias presentes nas canetas emagrecedoras levam à perda de peso rápida, o que pode causar deficiências nutricionais.
De acordo com Letícia Louzada, nutricionista da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro, para evitar os efeitos indesejados, é preciso praticar regularmente de exercícios físicos e manter uma alimentação hiperproteica.
É necessário garantir uma ingestão mínima de proteínas e calorias para evitar a flacidez. As pessoas tendem a perder força muscular, o que pode deixá-las com aparência de doente, e isso não é saudável
Letícia Louzada, nutricionista da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro
A nutricionista ainda orienta que as fontes de proteína sejam distribuídas ao longo do dia e que o déficit calórico seja bem planejado. Ela reforça a importância da suplementação com vitaminas, minerais e até suplementos proteicos durante o processo.
“Também é importante incluir vitaminas estratégicas para preservar a imunidade, como ferro e vitamina B12, que ajudam a reduzir a queda de cabelo”, acrescentou.
Cuidado com o pós-tratamento
Mas os cuidados não acabam quando o tratamento é interrompido. Se durante o uso das canetas emagrecedoras o paciente não adotou uma nova rotina alimentar e física, provavelmente voltará a ganhar peso.
Isso porque o corpo conquistado com os medicamentos só pode ser mantido com hábitos saudáveis constantes. O chamado “efeito sanfona” pode causar efeitos que vão além do físico, impactando a saúde mental do paciente.
“Muitos voltam a comer como antes e acabam recuperando o peso perdido. Esse é um problema que temos visto com frequência”, conclui a nutricionista.
Repórter
Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.
