Saúde

Casos de crianças com conjuntivite alertam para risco de contaminação na primavera

Coceira, olhos vermelhos e ardor são os principais sintomas da doença

Casos de crianças com conjuntivite alertam para risco de contaminação na primavera Casos de crianças com conjuntivite alertam para risco de contaminação na primavera Casos de crianças com conjuntivite alertam para risco de contaminação na primavera Casos de crianças com conjuntivite alertam para risco de contaminação na primavera
Foto: Divulgação / Pexel
Segundo a Semus também não há surtos de conjuntivite em Vitória até o momento- Imagem ilustrativa.  

Nesta semana três crianças de uma mesma escola, no município de Vitória, apresentaram quadro de conjuntivite e precisaram ser submetidas a um tratamento de raspagem de membrana, que é considerado por médicos, muito doloroso. Preocupados, os pais informaram temer a um surto da doença no Centro Municipal de Educação Infantil Zenaide Genoveva, em Jardim da Penha.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) de Vitória foi procurada para esclarecimentos e informou, por meio de nota, que Agentes estiveram na escola, na manhã da quarta-feira (27) para fazer as orientações necessárias sobre a doença, e que não haviam registros de atendimento de conjuntivite dessas crianças na rede de saúde do município. 

Segundo a Semus também não há surtos de conjuntivite em Vitória até o momento. Porém, destaca que durante a primavera a doença tende a se manifestar, porque o tempo mais seco e com baixa umidade do ar favorecem a disseminação do vírus, e são mais frequentes os registros das conjuntivites acusadas por reações alérgicas aos resíduos que flutuam pela atmosfera, como poeira, ácaro e pólen.

De acordo com o oftalmologista Caetano Bellote Filho, os sintomas são bem característicos. “Normalmente, surge coceira, lacrimejamento, ardência e olhos vermelhos, além de sensibilidade à luz, a chamada fotofobia. Sendo a coceira o sintoma mais evidente”. 

O problema, de acordo com o médico, é mais comum em crianças porque elas têm o hábito de colocar as mãos nos olhos com frequência e, se a mão estiver contaminada, o risco aumenta. Bellote Filho destaca ainda que, nas crianças, normalmente, a conjuntivite alérgica vem associada a outras alergias, como a rinite.

O ideal é sempre procurar um médico especialista em caso de sintomas. “O médico poderá recomendar alguma medicação específica para aliviar o desconforto. A orientação é nunca se automedicar porque pode haver um agravamento do problema”, alerta Caetano Bellote.

Dica

Para evitar a conjuntivite alérgica, as dicas do oftalmologista são manter sempre as mãos limpas, evitar flores dentro de casa, manter ambientes arejados, evitar o contato com objetos com muita poeira, limpar constantemente filtros de ar-condicionado, evitar secar roupas ao ar livre e tentar não coçar os olhos.

Dados

De janeiro até o momento foram registradas na rede Semus 416 casos de conjuntivite viral e 1616 casos de conjuntivite não especificada.