Cuidar da mente com a mesma seriedade com que se cuida do corpo. Foi esse propósito que despertou o interesse do empresário Bruno Tommasi, CEO do Grupo Tommasi, em investir na Luvia, empresa capixaba que propõe um modelo inovador de cuidado emocional. O aporte inicial foi de R$ 1 milhão.
Segundo o empresário, trata-se do único spa da mente do Brasil, que alia ciência, terapias avançadas, ambiente acolhedor para atender tanto quem busca equilíbrio emocional quanto quem enfrenta sintomas de ansiedade, estresse crônico, burnout ou depressão resistente.
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O espaço também oferece protocolos voltados à performance e à saúde mental preventiva com o uso de cetamina, abordagem que acompanha uma tendência mundial de atenção integral à saúde psicoemocional.
“O que me chamou atenção na Luvia foi o propósito. É um projeto que trata a saúde da mente com seriedade, sem fórmulas prontas e sem medicamentos comumente utilizados. Acredito que esse é um dos grandes desafios da nossa geração e queria estar próximo de uma iniciativa que pensa isso com responsabilidade”, afirmou Tommasi.
Este é o primeiro investimento direto de Tommasi na área da saúde mental, embora o empresário lidere um dos maiores grupos com atuação nas áreas de diagnóstico laboratorial do Espírito Santo.
Segundo o empresário, trata-se de uma iniciativa pessoal, independente do Grupo Tommasi, mas que compartilha o mesmo princípio de oferecer soluções de saúde com qualidade, inovação, tecnologia e responsabilidade.
Planos de Expansão da Luvia
“Temos um plano de expansão bem estruturado. Nossa meta é inaugurar 10 unidades da Luvia nos principais centros urbanos do Brasil nos próximos dois anos. Acreditamos que há uma demanda crescente por serviços que unam ciência, acolhimento e inovação no cuidado com a saúde e bem estar da mente e queremos estar na vanguarda desse movimento”, ressaltou.
Segundo o empresário, um dos diferenciais da Luvia está na formação técnica e na diversidade da equipe que conduz cada etapa do atendimento. O spa da mente reúne médicos, terapeutas, psicólogos e profissionais com experiência prática no uso de terapias avançadas, como a cetamina, além de um olhar atento à integração entre ciência e acolhimento.
“Terapias integrativas baseadas em evidências, com resultados concretos, como as que oferecemos na Luvia, tendem a ganhar mais espaço nos próximos anos. A saúde da mente está deixando de ser tabu e passando a ser acompanhada com a mesma seriedade dedicada à saúde física”, avalia Tommasi.
Aplicações com Cetamina
O médico anestesista Felipe Reuter é o responsável técnico pelas aplicações com a substância. Ele explica que, quando bem indicada e acompanhada por uma equipe capacitada, a cetamina pode representar um avanço relevante no cuidado com a saúde emocional.
“Muitos pacientes relatam melhora nas primeiras horas ou dias após a infusão. Em quadros mais graves, essa resposta rápida pode fazer toda a diferença. Não se trata de uma solução mágica, mas de uma ferramenta terapêutica potente, que exige responsabilidade e critério no uso”, afirma Reuter.
O uso da cetamina no contexto da saúde da mente, ainda é relativamente recente, mas tem sido respaldado por pesquisas científicas e resultados promissores. Nos Estados Unidos, a escetamina (em spray nasal) foi aprovada em 2019. No Brasil, o uso foi regulamentado pela Anvisa em 2020. A forma mais comum nas clínicas especializadas, no entanto, é a infusão intravenosa, considerada off-label, mas utilizada sob acompanhamento médico.
Na Luvia, os protocolos são estruturados em dois formatos: a infusão simples, com acompanhamento antes e depois da sessão, e a terapia assistida, em que o paciente é acompanhado por um terapeuta ao longo de toda a experiência. Os valores das sessões partem de R$ 1 mil e integram um processo contínuo de cuidado com a saúde da mente.
Essa abordagem mais completa foi reforçada com a participação do psicoterapeuta Frank William Ehrenfried, que se tornou sócio da Luvia e trouxe sua experiência de mais de uma década com o uso da cetamina nos Estados Unidos.
Mais do que acompanhar a implantação do projeto, Frank atuou diretamente na formação da equipe, compartilhando protocolos e ajustando práticas à realidade brasileira. Seu trabalho foi fundamental para adaptar os protocolos às normas locais, mantendo o rigor técnico e a atenção ao paciente.
“O que buscamos aqui é criar condições para que o paciente consiga se reconectar com a própria capacidade de transformação. A cetamina, quando bem utilizada, pode ser esse ponto de virada”, explica Frank.
Dra. Alice Sarcinelli é professora doutora da UFES, empresária e Head de Saúde da Rede Vitória de Comunicação
