câncer de próstata
Imagem: Freepik

O câncer de próstata continua sendo um dos maiores desafios de saúde masculina no país. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), só em 2025 devem ser registrados 71.730 novos casos da doença no Brasil.

Além disso, ainda de acordo com o Inca, o câncer de próstata é a segunda principal causa de morte por câncer em homens, ficando atrás apenas do câncer de pulmão.

Apesar dos dados preocupantes, alguns hábitos e atitudes podem ajudar a prevenir o câncer de próstata. No Novembro Azul, especialistas apontam como cuidar da saúde e evitar o diagnóstico tardio.

Entenda o câncer de próstata

Como o próprio nome já diz, esse tipo de tumor afeta a próstata, uma glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis.

Segundo a oncologista Caroline Secatto, a idade é o principal determinante de risco para o câncer de próstata, sendo mais comum após os 50 anos.

Fatores hereditários, como mutações nos genes BRCA2, além de histórico familiar em parentes de primeiro grau, aumentam substancialmente a suscetibilidade.

Oncologista Caroline Secatto, Ellas Oncologia

Já sobre os sintomas, o urologista Bruno Barracho explica que, normalmente, a doença não apresenta sintomas nas fases iniciais, o que reforça a necessidade da prevenção e acompanhamento.

“Quando os sintomas aparecem, podem incluir dificuldade para urinar, jato urinário fraco, vontade de urinar várias vezes à noite (que também são sintomas do crescimento benigno prostático), dor óssea ou presença de sangue na urina ou no sêmen”, explica o urologista da Bluzz Saúde.

Ainda de acordo com o especialista, esses sinais exigem avaliação médica imediata.

A importância do acompanhamento regular

Os especialistas destacam que, ao falar do câncer de próstata, é essencial destacar a importância dos exames de rastreamento.

De acordo com o urologista da MedSênior, Bruno Costa do Prado, a Sociedade Brasileira de Urologia não recomenda somente o rastreamento universal, mas orienta que cada caso seja avaliado individualmente.

“Os exames mais utilizados são o PSA (Antígeno Prostático Específico) e o toque retal, realizados após discussão entre médico e paciente sobre riscos e benefícios. O rastreamento deve ser feito anualmente ou conforme orientação médica”, explica.

Apesar de extremamente importantes, ainda há preconceito envolvendo da realização dos exames, especialmente do toque retal.

Uma pesquisa feita em 2024, pela farmacêutica Apsen em parceria com as seccionais da Sociedade Brasileira de Urologia no Rio de Janeiro e em São Paulo, apontou que menos de 40% dos homens com mais de 50 anos realizaram exames de próstata no ano anterior.

“A taxa de cura pode chegar a 98% quando o câncer de próstata é diagnosticado em estágios iniciais. Por isso, é importante esclarecer que o toque retal é rápido, indolor e salva vidas”, destacou Barrocho.

Outros hábitos que ajudam a prevenir o câncer de próstata

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Alimentação saudável e outros hábitos ajudam a prevenir a doença. Imagem: Freepik

Apesar da idade e dos fatores hereditários serem determinantes para o diagnóstico do câncer de próstata, os especialistas explicam que alguns hábitos podem ajudar a diminuir o risco. São eles:

  • Praticar atividade física regular: pelo menos 150 minutos semanais de exercícios aeróbicos moderados.
  • Manter uma alimentação saudável: consumo de frutas, vegetais crucíferos, leguminosas, peixes e azeite de oliva.
  • Controle do peso corporal e do metabolismo glicídico: visando reduzir inflamação sistêmica e resistência à insulina.
  • Evitar tabagismo e etilismo: ambos associados à maior mortalidade global e recidiva tumoral.

Além disso, a oncologista do Ellas Oncologia, Juliana Alvarenga, ainda destaca a importância do acompanhamento urológico regular, mesmo na ausência de sintomas, e de conhecer o próprio corpo

“Também podemos falar sobre a participação em programas de educação em saúde masculina, que estimulam diagnóstico precoce e adesão terapêutica.”

Aline Gomes

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.