O Espírito Santo se tornou palco de importantes discussões sobre qualidade de vida e alívio do sofrimento no cuidado com pacientes em fases graves de doenças. O Congresso de Cuidados Paliativos e Abordagem da Dor, realizado entre quinta (9) e nesta sexta-feira (10) em Vitória, na Faculdade Estácio , reúne profissionais de diversas áreas da saúde para debater práticas inovadoras e humanizadas no tratamento da dor.
Promovido pela Fundação Estadual de Inovação em Saúde (iNOVA Capixaba), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o evento tem palestras, minicursos e mesas-redondas com especialistas de referência nacional, abordando desde o controle da dor crônica e refratária até as diretivas antecipadas de vontade, que garantem a autonomia dos pacientes em decisões sobre o próprio cuidado.
A programação contempla temas que refletem a complexidade dos cuidados paliativos. Entre os destaques estiveram as mesas sobre neuromodulação, doenças neurodegenerativas, cuidados neonatal e pediátrico e a palestra magna sobre modelos de governança clínica em unidades públicas especializadas.
Minicursos
Para os profissionais da linha de frente do cuidado, o congresso também ofereceu minicursos práticos, como o de comunicação em situações difíceis, ministrado pela médica Isabela Gava, e o de diálise peritoneal no contexto dos cuidados paliativos, com o enfermeiro Alan Diniz. Outras oficinas abordaram a utilização do cateter venoso central de inserção periférica (PICC) e estratégias de integração entre farmacologia e terapias complementares no controle da dor.
De acordo com a Dra. Ana Carolina Ramos , Gerente de ensino, pesquisa e inovação da Fundação iNOVA Capixaba, o encontro reforça o compromisso da rede pública capixaba em oferecer uma assistência integral e compassiva, centrada na pessoa. “Falar de cuidados paliativos é falar sobre dignidade e respeito. É um campo que integra ciência, empatia e escuta ativa”, destaca a geneticista.
Com o auditório lotado, mais de 300 pessoas inscritas , o evento promove uma imersão em práticas baseadas em evidências e na valorização da equipe multiprofissional. A expectativa é que os debates impulsionem novas estratégias e protocolos para ampliar o acesso aos cuidados paliativos em todo o Estado.