Dermatite atópica: saiba mais sobre a doença de pele que acomete as crianças

Alguns papais e mamães já devem conhecer uma doença de pele muito comum que surge na infância, entre os 3 meses e 2 anos de vida e segue até a adolescência, pelo menos. Estamos falando da dermatite atópica, ou eczema atópico. Uma dermatose não contagiosa, mas é uma doença crônica da pele.

Ela é uma condição geneticamente determinada que altera a função de barreira exercida pela epiderme. No outono e o inverno a sua incidência é maior, principalmente em crianças que possuem outras atopias, como, por exemplo, bronquite, asma e rinite.

Sintomas da dermatite atópica

A doença causa feridas, avermelhados, descamação e em alguns casos mais graves, pode irradiar para o corpo todo. A dermatite atópica é mais comuns nas dobras dos braços e na parte de trás dos joelhos. Em 75% dos casos, quando o paciente chegar a fase adulta, a doença pode desaparecer por completo.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 7% da população adulta e 25% das crianças do Brasil são acometidas pela dermatite atópica. Esse problema é caracterizado pela falta de barreira de proteção na pele, o que leva a perda de água, de modo que a pele das pessoas atingidas por essa doença fica mais ressecada e com lesões avermelhadas.

A causa da dermatite atópica ainda hoje é desconhecida por nós especialistas, mas a hipótese mais aceita defende que a junção da pele ressecada, sistema imunológico, genética, ambiente e alergia alimentar, sejam fatores importantes para o surgimento da doença.

A característica principal da dermatite é a coceira nas regiões com erupções de pele. Quanto mais ressecada e irritada estiver a pele, maior a probabilidade de desenvolver algum tipo de infecção, e, assim, agravar o quadro de saúde.

É de suma importância estar atento aos sinais da coceira, principalmente se piorar com a transpiração, além da cicatrização das lesões, para não se tornarem porta de entrada para bactérias.

O que evitar 

Por esse motivo, a hidratação da pele pós banho se torna indispensável. Como hidratante geralmente é composto por uma porção aquosa, e outra oleosa, a pele molhada em contato com o hidratante cria uma barreira que impede o ressecamento da derme. Também é importante evitar banhos longos, extremamente quentes e uso exacerbado do sabonete.

Além da hidratação, o acompanhamento com um dermatologista é imprescindível. Pois, se for o caso, podem ser indicados medicamentos como corticóides de uso tópico, imunossupressores, anti-histamínicos, e nos casos em que haja infecção bacteriana, os antibióticos de uso oral.
Infelizmente, a dermatite atópica por ser uma doença crônica, não tem cura.

Entretanto, com os cuidados diários e o tratamento adequado, os sintomas podem ser amenizados ou até mesmo extintos.

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Dra. Ana Flávia Lemos

Dermatologista

Médica formada pelo FTESM do Rio de Janeiro, especialista em Dermatologia pelo Serviço de Dermatologia do Prof Azulay na Santa Casa do Rio de Janeiro. Preceptora da Pós Graduação de Dermatologia da Santa Casa do Rio de Janeiro 2003 - 2008. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Médica formada pelo FTESM do Rio de Janeiro, especialista em Dermatologia pelo Serviço de Dermatologia do Prof Azulay na Santa Casa do Rio de Janeiro. Preceptora da Pós Graduação de Dermatologia da Santa Casa do Rio de Janeiro 2003 - 2008. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia