Saúde

Dez coisas que você precisa saber sobre bruxismo

Problema pode estar diretamente relacionado a ansiedade e ao estresse; bruxismo é classificado em dois tipos.

Dez coisas que você precisa saber sobre bruxismo Dez coisas que você precisa saber sobre bruxismo Dez coisas que você precisa saber sobre bruxismo Dez coisas que você precisa saber sobre bruxismo
Foto: Divulgação
80% brasileiros sofrem com o problema. 

Diferente de ranger os dentes durante a noite, o bruxismo de vigília é caracterizado pelo habito de apertar ou encostar sutilmente os dentes ou até tensionar a mandibular de forma inconsciente durante a vigília (período acordado). Muitas vezes o bruxismo de vigília é confundido com o bruxismo do sono, pois apresenta alguns sintomas parecidos, como dor de cabeça, pescoço, maxilar e até zumbido. 

Mas, o que muita gente não sabe, é que este tipo de mal pode ser diretamente associado a ansiedade e ao estresse.

Você percebeu que tem esse hábito? Calma! Você não está sozinho, cerca de 80% brasileiros sofrem com este problema. O cirurgião dentista e diretor clínico da LIVA, Alain Haggiag, listou as 10 coisas que você precisa saber sobre o bruxismo e vigília, e como contorná-lo para viver melhor. 

1- Uma das características mais importantes do bruxismo de vigília é que este comportamento é quase sempre inconsciente; o paciente não percebe que está apertando os dentes ou contraindo a musculatura da face e da cabeça.

2- Normalmente a pessoa permanece por períodos longos apertando ou encostando os dentes, principalmente em momentos de tensão, estresse ou até mesmo quando está concentrada lendo um livro, estudando, usando o computador ou assistindo TV.

3- O bruxismo em vigília pode aparecer como efeito colateral de algumas medicações, sobretudo medicações utilizadas no tratamento da ansiedade; ou em usuário de drogas como a cocaína, por exemplo. Pacientes que sofrem de alterações neurológicas (paralisia cerebral, parkinson) podem apresentar também um bruxismo secundário.

4- Ao forçar o movimento de apertar e encostar os dentes, a articulação recebe uma carga maior do que pode suportar. Daí podem surgir dores na ATM, estalidos ao abrir a boca e dificuldade em mastigar.

5- O bruxismo do sono está cada vez mais “em baixa” e perdendo o seu posto de “grande vilão” para o bruxismo de vigília, porém pela sua característica de rangimento de alta intensidade e baixa frequência, pode levar a desgaste e até fraturas das estruturas dentárias mas dificilmente provocará, sozinho, dores na cabeça e na face. As pesquisas mais recentes mostram que o bruxismo de vigília, sendo de baixa intensidade e de alta frequência está se tornando num dos grandes fatores de risco para os distúrbios orofaciais, além de causar sérias complicações.

6- Muitas pessoas podem demorar anos para ter um diagnóstico preciso de bruxismo de vigília. Por isso é muito importante relatar ao seu dentista se sofre de dor na região das têmporas e da face e também sobre hábitos que parecem não ter relação, como roer unhas, mascar chicletes e morder canetas e é claro, se mantém os dentes encostados durante o dia.

7- Observações clínicas sugerem que, no mesmo indivíduo, o tempo “encostando” os dentes durante o dia é consideravelmente maior que o tempo rangendo os dentes durante o sono.

8- A distância ideal entre os incisivos maxilares e mandibulares, na posição vertical varia normalmente de 1 a 4 milímetros. É uma posição em que os músculos elevadores e depressores da mandíbula estão em repouso. Nesta posição as dores musculares, cefaleia e tensão tendem a diminuir.

9- Este contato dos dentes de forma não funcional leva a um aumento da atividade muscular, provocando hipertonia e conseqüente mialgia, um dos principais fatores de dor orofacial.

10- Se você tem bruxismo noturno, o seu dentista poderá sugerir a utilização de uma placa de relaxamento muscular e de proteção dental. Em relação ao bruxismo de vigília, se estiver associado á cefaleias tensionas, distúrbios da ATM e zumbidos, a intervenção clínica é de extrema importância.

O cirurgião dentista indica um tratamento que compreende terapia cognitiva comportamental (com técnicas de reversão de hábitos), terapias físicas (fisioterapia, termoterapia,) e as técnicas de biofeedback, cada vez mais eficientes. 

“Após longos e frutíferos anos de pesquisas, iniciadas na Universidade de Paris em 2004 e complementadas na Faculdade de Odontologia da USP e no Hospital das Clinicas da Faculdade de medicina da USP, desenvolvi um tratamento absolutamente inovador para o controle destes distúrbios. É um tratamento reversível, não invasivo, que não requer o uso de nenhuma substância química e que, por consequência, não apresenta praticamente nenhuma contra indicação”, acrescenta o Dr. Haggiag.