O cantor e ator Justin Timberlake revelou, nesta quinta-feira (31), que foi diagnosticado com doença de Lyme.
“Conviver com isso pode ser extremamente debilitante, tanto mental quanto fisicamente. Quando recebi o diagnóstico, fiquei chocado, com certeza”, escreveu em suas redes sociais.
Timberlake não é o primeiro famoso a falar sobre o quadro. Nos últimos anos, Justin Bieber, Avril Lavigne, Shania Twain, Kelly Osbourne e Bella Hadid também foram diagnosticados com a doença.
O que é a doença de Lyme?
De acordo com o Ministério da Saúde, trata-se de doença uma doença infecciosa causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, transmitida por carrapatos do gênero Ixodes. Não há transmissão inter-humana e é incomum a transmissão da mãe para o bebê.
Os casos estão majoritariamente concentrados nos Estados Unidos, Europa e Ásia. No Brasil, há relatos isolados da infecção.
Quais são os sintomas da doença de Lyme?
O primeiro indício de infecção é uma marca avermelhada no local em que o carrapato sugou o sangue, chamada de eritema crônico migratório. Ela pode se expandir até 15 centímetros, assumindo um formato anelar, e a região pode ficar mais quente do que o restante do corpo.
Dias após o surgimento desse sinal, o paciente sentir mal-estar, febre, dor de cabeça, rigidez na nuca e dor nas articulações.
Essas manifestações podem durar várias semanas, nos casos em que o tratamento não é iniciado, e podem ser seguidas por problemas neurológicos, como inflamação do cérebro (encefalite), meningite e inflamação dos nervos cranianos.
Além disso, aproximadamente 8% dos pacientes desenvolvem comprometimento cardíaco e cerca de 60% podem desenvolver artrite, com crises intermitentes de inchaço e dor nas articulações.
Diagnóstico
O diagnóstico da doença de Lyme é baseado na identificação dos aspectos clínicos e no relato de possível exposição do paciente ao carrapato, associados a testes laboratoriais.
Tratamento
No início, o tratamento consiste no uso de antibióticos. Depois, podem ser acrescidos medicamentos para tratar as manifestações neurológicas e demais complicações.
“Nos pacientes tratados precocemente com antibióticos orais, o eritema crônico migratório desaparece de imediato e as principais complicações tardias (miocardite, meningoencefalite e artrite recidivante) geralmente não ocorrem”, diz o ministério.