Saúde

Estudante que venceu leucemia conhece doador de medula em videochamada

Após transplante realizado em 2024, estudante capixaba e voluntário responsável pela doação se falaram pela primeira vez por telefone

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Estudante capixaba conversa pela primeira vez com o doador de medula óssea que ajudou a salvar sua vida/Foto: Reprodução Rede Social
Estudante capixaba conversa pela primeira vez com o doador de medula óssea que ajudou a salvar sua vida. Foto: Rede Social/Reprodução

O estudante capixaba, Gustavo Colombi Bruow, de 12 anos, que superou a leucemia, conheceu nesta semana, por videochamada, o doador de medula óssea que ajudou a salvar sua vida no Espírito Santo.

O encontro virtual emocionante e cheio de gratidão foi compartilhado na segunda-feira (23), nas redes sociais, pela mãe do garoto, Renata Colombi.

Durante a videochamada, o estudante agradeceu ao jovem voluntário Leonardo Laurindo, que deixou a cidade de Marmeleiro, no Paraná, para realizar a doação em Curitiba, no ano passado.

No relato, ela descreveu o momento como uma ligação cheia de emoção e ressaltou a gratidão da família. “Não vejo a hora de poder te abraçar”, escreveu na publicação.

Como foi a doação de medula óssea

Durante a publicação, o doador contou que se inscreveu no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) em 2019 e recebeu a ligação de compatibilidade em janeiro de 2024.

Após exames e etapas preparatórias, passou pelo procedimento de doação em 26 de março do mesmo ano, em Curitiba.

Em um depoimento anterior, ele contou que quase ignorou a ligação por achar que era engano, mas decidiu atender e acabou recebendo a notícia de que havia um “gêmeo de medula” à espera.

Eu me inscrevi neste processo porque é algo tão fácil de fazer, uma ajuda tão difícil de encontrar, mas quando encontrada, tão bem-vinda. Eu espero ainda poder fazer isso novamente, ajudar outra pessoa, espero que quem receba minha medula melhore e que quando complete 1 ano e meio do processo, eu possa conhecê-lo(a).” 

Leonardo Laurindo, doador

Cidade realizou campanha para captação de doadores de medula

Natural do município de São Gabriel da Palha, no Noroeste do Estado, Gustavo recebeu o diagnóstico da doença em outubro de 2023, quando começou a se queixar de dores nas pernas e nas costas.  

A princípio, os médicos acreditavam que precisaria passar somente por sessões de quimioterapia, mas a doença evoluiu e foi necessário um transplante de medula óssea. 

No início do ano de 2024, os moradores da cidade realizaram uma campanha para captar doadores de medula óssea para o garoto, que teve que viajar para São Paulo, onde realizou o transplante.

Acompanhamento de exames em São Paulo

Em entrevista ao Folha Vitória, em agosto de 2025, a mãe da criança, Renata Colombi, explicou que durante a nova fase, a família vai para São Paulo uma vez por mês para realizar o acompanhamento de exames que são realizados após o transplante.

Ele faz um acompanhamento de exames, que serão realizados por cinco anos após o transplante, com especialistas. Está tomando todas as vacinas como quando nasceu, porque zerou tudo no corpo. Ele já tomou algumas doses e, por isso, a médica o liberou voltar para a escola, mas a doença está zerada.”

Renata Colombi, mãe de Gustavo

Renata também explica que, após transplante, Gustavo faz o exame de “quimerismo”, usado para avaliar a integração de células do doador após um transplante de células-tronco.

“O Gustavo hoje é um milagre por tudo que ele passou, por passar pelo transplante, que é um processo longo e doloroso, com a expectativa de encontrar um doador, e ele é esse milagre”.

Importância da doação de medula

De acordo com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado (Hemoes), a medula óssea é constituída por um tecido líquido-gelatinoso encontrado no interior dos ossos. Nela são produzidos os componentes do sangue, incluindo as hemácias, responsáveis pelo transporte do oxigênio na circulação, os leucócitos, agentes mais importantes do sistema de defesa do organismo, e as plaquetas, que atuam na coagulação.

Além disso, é destacado que o transplante de medula óssea beneficia pacientes com produção anormal de células sanguíneas, geralmente causadas por algum tipo de câncer no sangue – leucemias e linfomas –, além de portadores de aplasia medular e outras doenças.

Laísa Menezes, repórter do Folha Vitória
Laísa Menezes

Repórter

Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Viçosa, pós-graduanda em Branding pela Universidade Castelo Branco, Alumni do Susi Leaders (Ed. 2023). Atua no Folha Vitória desde maio de 2024.

Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Viçosa, pós-graduanda em Branding pela Universidade Castelo Branco, Alumni do Susi Leaders (Ed. 2023). Atua no Folha Vitória desde maio de 2024.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

Produtora Web

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

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