oftalmologista
Imagem: Freepik

O glaucoma é uma doença ocular crônica que leva ao dano progressivo do nervo óptico, responsável por levar as imagens da visão até o cérebro.

A doença costuma ser silenciosa no início, sem sintomas perceptíveis. Quando aparecem queixas (como perda de visão periférica), geralmente já houve dano significativo. Se não for tratado, pode levar à perda irreversível da visão.

Fatores de risco

O principal fator de risco é a pressão intraocular elevada (a pressão dentro do olho), embora o glaucoma também possa ocorrer mesmo com pressão normal ou baixa.

Outros fatores de risco: idade maior que 40 anos, etnia ( raças asiática e africana), história familiar, alta miopia e alta hipermetropia e uso prolongado de corticóides.

Tipos de glaucoma

1- Glaucoma primário de ângulo aberto (o mais comum)

    • Representa a maioria dos casos.
    • O ângulo de drenagem está aberto, mas há resistência à saída do humor aquoso.
    • É silencioso e crônico — o paciente não sente sintomas até fases avançadas.

    2- Glaucoma de ângulo fechado

      • O ângulo de drenagem fica bloqueado, impedindo a saída do humor aquoso.
      • Pode ser agudo (dor forte, olho vermelho, visão borrada, náusea, urgência médica) ou crônico (mais lento).

      3- Glaucoma congênito

        • Aparece em bebês e crianças.
        • Causado por malformação do sistema de drenagem.
        • Sinais: olhos grandes, córnea embaçada, lacrimejamento.

        4- Glaucomas secundários

          Ocorrem como consequência de outras doenças ou situações, por exemplo:

          • Glaucoma pseudoexfoliativo (depósito de material na malha trabecular).
          • Glaucoma pigmentar (pigmentos da íris obstruem a drenagem).
          • Neovascular (novos vasos crescem e bloqueiam a drenagem, comum em diabéticos).
          • Pós-trauma, uso de corticoides, inflamações, entre outros.

          Existe tratamento?

          O tratamento não cura o glaucoma, mas controla a pressão intraocular e sua progressão, com colírios (o mais comum), laser ou cirurgia (quando colírios ou laser não são suficientes). Exames de rotina no oftalmologista (como medida da pressão ocular, fundo de olho, são essenciais para o diagnóstico precoce.

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          Quando detectamos um quadro sugestivo de glaucoma, indicamos exames complementares como gonioscopia, paquimetria, campo visual e tomografia de coerência óptica (este detecta alterações precoces no glaucoma).

          Mesmo em tratamento, é necessário acompanhamento contínuo com o oftalmologista.

          Dra. Flávia Sardenberg

          Oftalmologista

          Médica oftalmologista especialista em Retina (Residência Médica Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro). Especialista em Retina pelo Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro e Hospital de Olhos de Minas Gerais.

          Médica oftalmologista especialista em Retina (Residência Médica Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro). Especialista em Retina pelo Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro e Hospital de Olhos de Minas Gerais.